Abusos na Igreja: “Marcelo não pediu desculpa. Não pedimos desculpa se…”

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Ricardo Castelo / Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa de costas

Reacções repetem-se, vários dias depois das declarações polémicas do presidente da República: “O mal estava feito”.

A frase mais polémica de sempre de Marcelo Rebelo de Sousa continua a originar reacções.

“400 casos de abusos sexuais na Igreja Católica não me parece que seja um número particularmente elevado porque noutros países mais pequenos houve milhares de casos”, afirmou o presidente da República, na terça-feira passada.

No mesmo dia, apareceu publicamente (mais do que uma vez) a justificar a sua ideia. Uma questão de contexto.

No dia seguinte, o primeiro-ministro António Costa defendeu publicamente Marcelo: “Quero expressar a minha total solidariedade com o Presidente da República, pela interpretação inaceitável que tem sido feita das suas palavras. Todos conhecemos o presidente da República. Quem tem feito esta interpretação é que deve um pedido de desculpas ao Presidente da República”.

Dois dias depois, Marcelo pediu desculpa: “Se porventura uma vítima que seja está ofendida, peço desculpa por isso, porque não era esse o meu objectivo. Eu queria mostrar exactamente o contrário: temer que muitas vítimas, por medo, não tivessem falado e o número que deveria ser ainda mais alto pudesse ficar onde ficou”, disse o presidente, após uma conferência.

Três dias depois, no Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer, Ricardo Araújo Pereira comentou que o presidente da República “andou a evitar pedir desculpas, os estragos já estão feitos”. João Miguel Tavares acha que Marcelo só decidiu pedir desculpa publicamente depois de ouvir as palavras de António Costa.

Quatro dias depois, Leonardo Ralha seguiu essa ideia, no semanário Novo: “Por coincidência, ou talvez não, no dia seguinte ao veemente apoio de Costa, Marcelo fez-se finalmente ouvir”. Mas já veio tarde, acrescentou: “A vingança pode ser um prato que se serve frio, mas um pedido de desculpas sai a ganhar com a celeridade. Para Marcelo Rebelo de Sousa, demorou dois dias. Mas o mal estava feito”.

Cinco dias depois, Luís Marques Mendes também analisou o caso, na SIC: “Temos de ser honestos: não foi a intenção, mas foi o resultado final: ficou a sensação de que o presidente queria ajudar a Igreja e desvalorizar os resultados. Tinha mesmo de pedir desculpa”.

Uma semana depois, na noite passada, Joel Neto – que até votou em Marcelo nas eleições presidenciais, recordou o próprio – criticou o presidente da República, na Antena 1: “Foi um pedido de desculpas absolutamente cínico e hipócrita, que no entanto é praticado por todos nós, diariamente: não se pede desculpa “se” ofendi, ou “se” magoei. Isso é um oximoro. Isso não é um pedido de desculpas. Pedimos desculpa “por”. Temos de assumir o erro. Marcelo Rebelo de Sousa não pediu desculpas verdadeiramente, nem sequer às vítimas“.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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1 Comment

  1. Vamos refletir: O que o D.Américo de Aguiar disse, foi que, o importante era o palco aguentar com 2.000 pessoas e que o Papa Francisco é uma pessoa humilde! com isto, quis ele dizer, que não era preciso ser tão dispendioso! O Sr. Presidente Rebelo de Sousa concordou com o que o Vaticano lhe transmitiu! Agora se o Sr. Carlos Moedas se quis exibir, contando com o dinheiro dos outros, que faça melhor as contas e veja no que pode cortar! Gente pobre não faz milagres, temos que ser pessoas ordenadas! e o Sr. presidente Rebelo de Sousa não tem nada que pedir desculpa, porque só pede desculpas quem se sente culpado!! Eu só sei, que se o Papa Francisco souber destes problemas, já não quer vir! oiço várias vezes a Srª Aura Miguel contar histórias passadas nas viagens do Papa, e tenho quase a certeza! que ele não quer que se gaste tanto dinheiro por nos vir visitar! e assim sendo, depois levem a ‘Madona’ para o Terreiro do Paço e os ‘Cold Play’ para o Parque das Nações, porque os bilhetes já foram todos vendidos o ano passado, antes de terem esta ideia! para onde iam levá-los?? Tenham calma com as coisas e façam uma obra segura que é o que mais interessa, à Igreja e a todos nós portugueses que não queremos meter-nos em problemas com os outros países!! porque já chega, não chega, basta! basta de problemas.

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