Há algo dúbio na Câmara de Lisboa. Ministra escreve a Moedas

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Manuel de Almeida / Lusa

Autarquia defende obras nas escolas mas não se candidatou aos respectivos fundos. Abrunhosa escreve carta com “estima pessoal”.

A Câmara Municipal de Lisboa quer melhorias nas estruturas das escolas da capital.

Por isso a autarquia – liderada por PSD e CDS, recorde-se – já pediu ao Governo dinheiro para obras. Considera que o Executivo socialista central deve “assumir responsabilidades” neste contexto.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, tem criticado o processo de descentralização e já acusou o Estado de abrir um “buraco” de 15 milhões de euros em Lisboa, na Educação.

Recentemente aprovou uma proposta do Partido Comunista Português (PCP) sobre esse assunto. O documento acusa o Governo de ter deixado as autarquias “com as competências” mas sem “meios financeiros, técnicos e humanos para o seu exercício”.

Entretanto, foram abertas candidaturas ao financiamento do Estado para a construção e reabilitação de escolas.

Já desde o início deste ano que as Câmaras Municipais podem concorrer – mas a Câmara Municipal de Lisboa não se candidatou.

Por isso, a ministra da Coesão Territorial escreveu uma carta ao presidente da Câmara de Lisboa, avança o jornal Expresso.

Ana Abrunhosa dirige-se com “estima pessoal” a Carlos Moedas, mas avisa: se é preciso fazer obras, a Câmara deveria candidatar-se aos fundos. E o prazo termina já na próxima semana, no dia 30 de Junho.

Abrunhosa, que não gostou da aprovação da proposta do PCP, lembrou a Moedas que há um acordo entre Governo e Associação Nacional de Municípios Portugueses, com o objectivo de ajudar financeiramente as escolas que precisam de intervenções prioritárias. O dinheiro vem do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Mas para isso, mais uma vez, é preciso que a autarquia se candidate. E já houve 25 candidaturas (essas Câmaras Municipais vão receber primeiro as ajudas); quanto mais tarde uma Câmara se candidatar, mais tarde vai ser financiada.

No caso de Lisboa, há 28 escolas incluídas nesse acordo – e metade delas aparece na tal moção do PCP.

A ministra reforça que a Câmara Municipal de Lisboa pode candidatar-se a esses fundos e espera esclarecer Carlos Moedas, quando ambos se encontrarem pouco antes do fim do prazo, no dia 26 de Junho.

Mas, segundo o mesmo jornal, a Câmara de Lisboa não vai apresentar candidatura.

Mesmo com o Partido Socialista a apresentar em reunião camarária este ponto ambíguo.

Carlos Moedas considera que falta tempo para desenhar os projetos de execução de obras.

ZAP //

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2 Comments

    • A única coisa que é dúbia é a tua sanidade mental. Não se percebe se vives num campo de distorção da realidade, no passado, ou num vão de escada a trollar a internet a soldo do PZP. Aposto nesta última.
      Que se saiba, a Câmara de Lisboa FOI governanda pela corrupção no tempo dos teus amigos do PS e Bloco. Agora, está lá um tolinho que a única coisa que podes criticar é não gostar de bicicletas. Não dá é jeito nenhum para a tua narrativa.

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