Os médicos não estavam à espera quando um homem lhes apareceu à frente com um peculiar sintoma: uma língua verde… e peluda.
Há semanas que um indivíduo de 64 anos tinha reparado numa estranha condição, cujo diagnóstico acabou por concluir o que já era esperado — o homem é portador de uma “língua pilosa”.
“No exame físico, a língua tinha papilas filiformes alongadas e descoloração verde. Nenhuma outra lesão oral ou dentária foi notada”, lê-se no relatório médico.
Na origem da condição inofensiva está uma acumulação de células mortas na língua, que faz com que as papilas se alonguem. Mais “poderosas”, as pupilas prendem outras substâncias como comida, bactéria e leveduras.
A cor depende dos casos, mas é com uma língua negra que os médicos se deparam mais vezes em casos da presente patalogia bucal.
Mas porque é que as células da pele dos portadores da condição morrem na língua? As causas estão ligadas a um raro efeito secundário de antibióticos, mas também são motivados pela ausência de higiene oral, boca seca e tabagismo. Comidas açucaradas, picantes e ácidas, ou até mesmo certas reações a determinadas pastas dos dentes, podem despoletar o “verdete”.
Em situações mais pontuais, a condição deve-se a uma dieta pobre em alimentos duros, que não permite que a pele morta seja “raspada” da língua.
Muito provavelmente, o indivíduo ficou durante meses com uma sensação de queimadura e de cócegas, mau hálito e com um sabor peculiar na boca, todos sintomas do síndrome de língua pilosa.
A língua do homem — que foi aconselhado a melhorar a higiene oral e a deixar de fumar — voltou ao normal seis meses depois, apesar de este não ter largado o tabaco.