Segundo informações da NASA, um asteroide de grandes dimensões, com cerca de 2,5 quilómetros de largura, vai passar perto da Terra na noite de Natal. No entanto, a agência espacial norte-americana garante que não há motivos para alarme.
O asteroide em causa, o 2003 SD220, passará a uma distância 28 vezes superior à que separa o planeta da Lua, a 11 milhões de quilómetros, o que, mesmo assim, em termos astronómicos, é considerada próxima.
O 2003 SD220 foi descoberto há dois anos, mas não figura na lista de objetos perigosos para a Terra, indicou à agência AFP uma astrónoma do Observatório de Paris, Maria-Antonietta Barucci.
A próxima passagem prevista de um asteroide perto da Terra será a 13 de abril de 2029, com o Apophis, a 30 mil quilómetros, uma distância cerca de dez vezes inferior à que separa o “planeta azul” da Lua.
No céu, será visível, a olho nu, como um ponto luminoso em movimento.
“Mas não será também perigoso” para a Terra, assegurou Maria-Antonietta Barucci.
Colisões entre a Terra e corpos com mais de 1 km comprimento ocorrem a cada cem mil anos, assinalou Mark Bailey, diretor do Observatório Armagh, na Irlanda do Norte.
Segundo Bailey, o asteroide que há 65 milhões de anos levou à extinção dos dinossauros e de 75% das formas de vida conhecidas, de acordo com peritos, “era dez vezes maior do que o 2003 SD220″.
A 31 de outubro, Dia das Bruxas, o asteróide 2015 TB145, quatro vezes maior do que um campo de futebol, passou, em segurança, perto da Terra, a 480 mil quilómetros, uma distância 1,3 vezes maior do que a que separa o “planeta azul” da Lua.
Os parâmetros da órbita que o 2015 TB145 apresentava eram próprios de um cometa extinto ou adormecido, segundo o Instituto de Astrofísica das Canárias, em Espanha.
A agência espacial europeia ESA tenciona testar, no fim de 2016, a tecnologia de um telescópio capaz de identificar automaticamente a órbita de corpos celestes potencialmente ameaçadores para a Terra, a maiores distâncias.
De acordo com a ESA, haverá cerca de 5 mil objetos do tamanho do 2015 TB145 na zona de proximidade da Terra, sendo que uma fração significativa deles ainda não foi descoberta.