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Bruxelas continua em alerta, de portas fechadas e ruas vazias

Bélgica mantém-se em alerta máximo devido a ameaças terroristas

Bruxelas permanece este domingo, pelo segundo dia consecutivo, em estado de alerta máximo devido a uma ameaça terrorista “iminente”, com as autoridades policiais em busca de vários suspeitos.

O Órgão de Coordenação e de Análise de Ameaça, que na sexta-feira à noite determinou que o risco justificava subir o nível de ameaça terrorista para 4, voltará a avaliar a situação hoje à tarde, e, pelo menos até lá, a capital belga continua a parecer uma “cidade fantasma”.

Todas as linhas de metro permanecem encerradas, os museus e monumentos estão de portas fechadas, os tradicionais mercados de rua de domingo foram cancelados, o comércio é quase inexistente, cinemas e teatros também puseram cadeados à porta e as competições desportivas, profissionais e amadoras, na zona de Bruxelas foram anuladas, tendo até os ginásios sido fechados.

Com a polícia em busca de diversos suspeitos, ligados aos ataques de Paris e/ou que as autoridades belgas receiam que tenham planificado atentados do mesmo género em Bruxelas, é uma incógnita até quando o alerta de ameaça continuará no nível mais elevado.

De acordo com o canal France Info, neste momento uma dezena de presumíveis terroristas são procurados na capital belga.

Depois de um fim-de-semana durante o qual a cidade de Bruxelas esteve basicamente paralisada, a grande dúvida é se a vida retomará o seu curso normal na segunda-feira.

A ministra da Educação belga, Joëlle Milquet, indicou que as probabilidades são “50/50”, tudo dependendo da análise à situação que for feita à tarde pela OCAM.

Este sábado, o primeiro-ministro belga, Charles Michel, explicou que a decisão de subir o nível de ameaça terrorista em Bruxelas para 4 está ligada a uma ameaça de um ataque de indivíduos com explosivos e armas em vários locais da capital.

Esta é a segunda vez que o nível de alerta terrorista atinge o nível máximo no território belga, depois de o grau máximo de alarme ter sido acionado no final de 2007, na sequência da detenção de 14 pessoas que planificavam permitir a evasão do islamita tunisono Nizar Trabelsi, condenado em 2004 a dez anos de prisão por planear um atentado contra a base militar de Kleine-Brogel.

Na ocasião, a secção de terrorismo da polícia federal e a procuradoria federal receavam que atos de caráter terrorista pudessem ter lugar, e o nível de ameaça 4 esteve em vigor entre 21 de dezembro de 2007 e 3 de janeiro de 2008, tendo sido cancelado o tradicional fogo de artifício de Ano Novo no centro da capital.

 /Lusa

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