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Papa assegura que não é marxista, mas não se ofende se lhe chamarem

Gabriel Andrés Trujillo Escobedo / Wikimedia

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O papa Francisco assegura que não é marxista, mas afirma que não se sente ofendido quando o denominam como tal, numa entrevista publicada hoje pelo La Stampa, na qual se mostra preocupado com a “tragédia da fome no mundo”.

“A ideologia marxista está equivocada, mas na minha vida conheci muitos marxistas boas pessoas, por isso não me sinto ofendido”, reconhece o papa.

Francisco reafirma que a mulher na Igreja tem de ser “valorizada, não clericalizada” e que a reforma do banco do Vaticano “vai pelo caminho justo”.

Mas para o papa, a maior preocupação é “a tragédia da fome no mundo”, que defende ter solução com a cooperação de todos, pelo que insta a “dar de comer aos esfomeados”.

Neste sentido, Francisco assegura que, com os alimentos desperdiçados diariamente, se poderia dar de comer a muitas pessoas e fazer com que as crianças que choram de fome o deixem de fazer.

“No mundo temos comida suficiente para acabar com a fome. Se trabalhamos com as associações humanitárias e nos pormos de acordo em não desperdiçar comida, fazendo chegar alimentos a quem precisa, teremos contribuido para resolver a tragédia da fome no mundo”, refere o papa.

A entrevista publicada pelo diário italiano La Stampa está centrada no Natal e é a primeira do argentino Jorge Bergoglio como papa. Na entrevista, Francisco também reflete sobre assuntos como a fome no mundo, a infância, o diálogo com outras religiões, o futuro da igreja ou a economia.

/Lusa

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