Os deputados britânicos aprovaram esta segunda-feira o projecto de lei conservador que limita o direito à greve, já na presença de Jeremy Corbyn, o novo líder do Partido Trabalhista, na oposição.
O texto, que ainda precisa de ser aprovado em terceira leitura e passar pela Câmara dos Lordes, antes de ser formalmente adoptado, foi fortemente criticado pelos deputados e membros do novo governo sombra do Partido Trabalhista.
Angela Eagle, responsável pelo Comércio no Partido Trabalhista, criticou o “ataque ideológico e partidário dos conservadores contra os sindicatos, quando nas últimas duas décadas o número de dias de greve caiu em 90%”.
O projeto de lei exige que uma greve só possa realizar-se após uma votação de pelo menos 50% dos membros do sindicato que a convoca.
Nos serviços públicos essenciais, como a saúde, educação, bombeiros, transportes, segurança de fronteiras e energia, para se realizar uma greve é necessário o apoio de pelo menos 40% dos sindicalizados.
O texto, que é a maior reforma dos direitos sindicais desde o tempo da primeira-ministra conservadora Margaret Thatcher, define que os sindicatos devem informar as empresas da decisão de fazer greve com 14 dias de antecedência.
A nova lei autoriza as empresas a contratar pessoal temporariamente para cobrir as ausências dos grevistas.
O texto também proíbe a constituição de piquetes de greve de mais de seis pessoas, para evitar “a intimidação” dos trabalhadores que decidam trabalhar.
Acima deste número, os elementos do piquete podem ser detidos.
O novo líder trabalhista, Jeremy Corbyn, que esteve ausente do debate durante várias horas, regressou à Câmara dos Comuns ao final da tarde para votar contra o projecto, mas não conseguiu impedir o texto de continuar a sua rota parlamentar.
O texto foi aprovado com 317 votos a favor e 284 contra.
ZAP / Lusa
Volta e meia ao longo da História, o mundo pende para aqui… É o regresso da escravatura disfarçada.
Estratégia:
1. Cria-se uma boa taxa de desemprego e ficamos com uma boa quantidade de pessoas entre o “arrasca” e o limiar da pobreza.
2. Paga-se o mínimo a quem trabalha e vão se reduzindo regalias enquanto se aumentam obrigações.
3. Sobre quem trabalha paira sempre a ameaça de que se não gostam, há uma massa de desempregados desesperados à espera de lhes tomar o lugar para matar a fome.
4. Quando quem trabalha recorre à greve para reclamar da exploração, os chulos que os exploram têm agora o direito de não ser minimamente prejudicados com isso, tendo o direito de contratar só pelo tempo que bem lhes convier, alguns dos tais desempregados que estão a morrer à fome. Depois quando os dias da greve acabarem sem qualquer resultado (óbviamente), o patrão pode fazer o que entender sem quaisquer consequências para ele: Ou responder à greve despedindo os grevistas, ou mandar embora os substitutos temporários de volta para o desemprego, já que já não lhe dão jeito!..
Que estupidez é esta? Agora fazer greve é só uma forma de ter uns dias de ordenado descontado? Afinal, qual era mesmo o sentido da Greve?.. Não era poder exercer pressão na entidade patronal? Ou era só tirar uns dias de férias ou de birra?… Assim que pressão é que exerce a greve? Qual é o sentido de haver greve se qualquer entidade patronal faz o que lhe dá na testa com os seus empregados como se de gado se tratasse?
…E parece que é invariavelmente a “esqª” à cabeça… Pelo menos por cá! Bem, depois temos o capitalismo enfermo pela doença das aplicações assentes na especulação… nos bilhões de seringa em seringa mão em mão da cartelização “máquinas de lavar” até aos juros negativos!
Até nova “ordem mundial”, das sociedades-justiça, da economia, da política e das relações
Sefosse aprovada aqui,talvez conseguíssemos travar a onda de greves nos transportes. Prejudicam quem quer trabalhar e não tem nada a ver com a greve e a economia do País.