A Nova Democracia registou pela primeira vez uma pequena vantagem sobre o Syriza, numa sondagem para a televisão MEGA, divulgada na noite desta quarta-feira, a dezoito dias das legislativas antecipadas na Grécia.
Na sondagem, a Nova Democracia obteve 25,3% das intenções de voto, contra 25% para o Syriza.
O ex-primeiro-ministro e líder do Syriza, Alexis Tsipras, mantém a popularidade (41,9%), mas o líder da Nova Democracia, Vangelis Meimarakis, obtém nesta sondagem mais opiniões favoráveis (44,3%), contrariamente a anteriores estudos de opinião.
O partido neonazi Aurora Dourada foi o terceiro em intenções de voto, com 5,5%.
Em quarto lugar figura a lista conjunta dos socialistas do Pasok e da esquerda moderada do Dimar, com 5,3%, seguida dos comunistas do KKE, com 5,1%, e do centrista To Potami, com 4,6%.
A Unidade Popular, formada por dissidentes do Syriza, reuniu 4% das intenções, e os nacionalistas Gregos Independentes, parceiros de coligação do Syriza, 3%, o mínimo para ter representação parlamentar.
A maioria dos inquiridos pronunciou-se por outro lado favoravelmente a um Governo de coligação (58,9%), apesar de Tsipras, que venceu as eleições de Janeiro com 36,3%, ter pedido uma maioria absoluta e rejeitado coligar-se com os principais partidos gregos.
Mais de dois terços (68,5%) manifestaram opinião negativa sobre o acordo para um terceiro resgate da Grécia.
Tsipras demitiu-se a 20 de agosto, abrindo caminho a eleições antecipadas a 20 de setembro, a terceira votação na Grécia desde o início do ano.
A sondagem, do instituto GPO, foi feita entre 31 de agosto e 2 de setembro através de entrevistas telefónicas a uma amostra de mil eleitores de todo o país.
/Lusa
O povo grego fez experiências com a utopia de uns e começa a dar sinais de pragmatismo a outros o que poderá ser entendido como sinal de credibilidade conferida depois dos riscos que assumiu não por Tsypras mas por Varoufakis. Estas sondagens sendo o que são poderão significar que o povo tende a perceber as suas próprias responsabilidades quando vota – Consciência nacional…
Mas se o Syriza vier a ganhar já nada surpreenderá porque eles agora já viraram 360º e já estão mais do que convencidos de que afinal as suas promessas eleitorais não passaram apenas disso mesmo e que a tal afirmação do dracma e da saída da UE foi apenas um sonho de pouca duração, com isso acabaram por convencer os gregos de que afinal será mesmo necessário apertarem o cinto para tentarem sair do atoleiro onde estão metidos.
Apenas um ponto de vista: O syriza(Bloquista) pelo aventureirismo do Varoufakis(Tias) perdeu credibilidade – pelas razões que evoca – e Tsypras obrigado a distanciar-se ideologicamente tornou-se um dos iguais! O que fará os gregos não voltar a embarcar numa barcaça a braço humano cujo timoneiro, consciente do “casaco despido”, pressentiu que já ia nu! Logo a alternativa Nova Democracia inspira-lhes mais credibilidade e talvez mais consistência pelo interesse nacional.