O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho afirmou esta quinta-feira, em entrevista à TSF/TVI, que o país não precisará de um segundo resgate, mas fala de um eventual programa cautelar e não se compromete com uma baixa dos impostos em 2015.
Passos Coelho disse que os resultados conseguidos por Portugal afastam a necessidade de um segundo resgate e que “colocar tudo a perder seria um disparate”. “Estou em condições de dizer aos portugueses que ao longo destes anos construímos um resultado que dispensa um segundo programa“, afirmou.
No entanto, o PM não descarta um eventual programa cautelar, para o qual o apoio do PS seria secundário. “Se vier a ser adotado, tem a duração de um ano, o que cabe perfeitamente naquilo que é o mandato deste Governo e da maioria que o suporta, que vigorará até às próximas eleições legislativas, que ocorrerão, dentro das circunstâncias normais, que eu espero que se verifiquem, em Setembro de 2015”, afirmou.
Quanto à carga sobre os contribuintes nos próximos anos, Passos Coelho afirmou várias vezes: “não tenho condições para dizer que os impostos baixarão em 2015″.
Primeiro resgate
Portugal deve voltar a financiar-se nos mercados da dívida quando o seu programa de resgate de 78 mil milhões de euros expirar, em junho. Passos Coelho disse que a saída de Portugal do programa de resgate seria discutida com os credores internacionais a partir de janeiro.
A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI) começaram na semana passada uma revisão das reformas que o país tem realizado.
O pagamento da próxima tranche de empréstimos de 2,7 mil milhões de euros depende de uma revisão bem sucedida do progresso do país na implementação de reformas econômicas.
Ouça a entrevista no site da TSF ou veja no site da TVI.
ZAP / Lusa / AE