O juiz Carlos Alexandre decretou a prisão domiciliária a Ricardo Salgado contra a vontade do Ministério Público (MP), um facto que poderá vir a beneficiar o banqueiro e a livrá-lo desta medida de coacção.
O Público que constata que “Ricardo Salgado pode vir a beneficiar, nas tentativas que vai fazer para ser sujeito a medidas de coacção menos graves, dos desentendimentos que têm surgido entre o juiz Carlos Alexandre e o MP”.
Os investigadores do MP pretendiam que o ex-presidente do BES, que está indiciado por crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no sector privado, continuasse em liberdade com uma caução de três milhões de euros.
O juiz Carlos Alexandre teve outro entendimento, decretando-lhe a prisão domiciliária com vigilância policial, com os argumentos do perigo de fuga e do risco de perturbação do inquérito.
De acordo com o Público, “a lei só permite que o juiz possa ultrapassar o Ministério Público quando houver perigo de fuga, continuação da actividade criminosa ou perturbação da ordem pública”.
Desta forma, se no recurso apresentado por Ricardo Salgado com vista à redução da medida de coacção, a sua defesa conseguir provar que ele não tem qualquer intenção de fugir do país, “Carlos Alexandre deixa de ter motivos legais para o manter preso em casa“, sublinha o jornal.
Trata-se, contudo, de um facto que poderá não ser difícil provar, já que as investigações à volta de Salgado decorrem há mais de um ano sem que este tenha tentado qualquer fuga.
O que continua a ser um mistério no caso é o facto de o juiz ter decretado a Ricardo Salgado a vigilância policial ao invés da pulseira electrónica, medida muito mais dispendiosa que exige a retirada de agentes de outras funções.
Há um rumor de que Carlos Alexandre pode ter temido que Ricardo Salgado fizesse o mesmo que José Sócrates, recusando a pulseira electrónica.
Neste momento, estarão destacados oito agentes de Cascais e da Parede para a vigilância à propriedade de Ricardo Salgado, nota o Público, frisando que estes constituem “cerca de 10% do contingente de efectivos das duas esquadras”.
A PSP não confirma quantos polícias estão a vigiar o banqueiro sob a desculpa de que “é uma questão de princípio de natureza operacional”, cita o jornal.
ZAP
Crise do BES
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Sócrates! és mesmo pobrezinho. Nem o MP conseguiste subornar. Isto não é para quem quer! É para quem pode.
Pais de MMMMrda este Portugal corrupto. Medida de coação de 3 milhões. Ele teria pago 30 milhões e seria uma pequena parte do que roubou. Pobrezinhos!
Mer@a és tu e esse teu comentário estúpido!!!
Oh pá! Não enchas tanto a boca, mastiga 12 vezes sempre de boca fechada e de seguida engole… Facilitas o bolo e quem te rodeia não se dispersa…