O juiz de instrução determinou hoje a prisão domiciliária de Armando Vara, detido na quinta-feira por suspeitas de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, no âmbito da “operação Marquês”, anunciou o Ministério Público.
Armando Vara “foi indiciado por factos susceptíveis de integrarem os crimes de corrupção passiva, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais”, lê-se no comunicado do Ministério Público hoje divulgado.
O juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal “decidiu aplicar ao arguido as medidas de coação de obrigação de permanência na habitação sujeita a vigilância eletrónica.
Armando Vara está também proibido de manter contactos com os restantes arguidos no processo”.
O antigo ministro socialista foi detido para interrogatório na noite desta quinta-feira, no âmbito da Operação Marquês.
Segundo avançou a CMTV, a detenção de Armando Vara estará relacionada com uma comissão de 12 milhões de euros que terá sido paga por Hélder Bataglia no caso Monte Branco, relacionado com o empreendimento turístico de Vale de Lobo.
Os 12 milhões de euros de comissão, acrescenta a CMTV, terão sido transferidos para a conta de Joaquim Barroca, administrador do Grupo Lena.
Barroca alegou no dia 1 deste mês que terá sido apenas “barriga de aluguer” do dinheiro, que se destinava a Carlos Santos Silva, amigo a quem José Sócrates terá pedido avultados empréstimos.
Armando Vara foi já o ano passado condenado a 5 anos de prisão, por três crimes de tráfico de influência, no âmbito do processo Face Oculta.
ZAP / Lusa