O consórcio Gateway, que venceu a privatização da TAP, vai investir mais de 600 milhões de euros na companhia, entre capital permanente e compra de aviões, disse hoje o empresário David Neeleman, que integra o agrupamento vencedor.
“O investimento na TAP supera os 600 milhões de euros”, disse David Neeleman em conferência de imprensa, em Lisboa, depois de ter sido hoje assinado o contrato de venda de 61% do capital social da empresa ao consórcio Gateway, do empresário norte-americano e brasileiro Neeleman e do empresário português Humberto Pedrosa, do Grupo Barraqueiro.
O empresário explicou que o consórcio vai colocar 345 milhões de euros de capital permanente, dos quais 270 milhões de euros agora e o restante ao longo de 2016.
A este valor soma-se o financiamento para a compra de aeronaves, o chamado PDP (Financing commitments), que será “no mínimo de 150 milhões de euros, mas pode ir até aos 300 milhões de euros”, adiantou.
Ao todo, um pacote de investimento de 600 milhões de euros, mas que David Neeleman admite que poderá subir para os 800 milhões de euros.
A estratégia passa para já pela aquisição de pelo menos 53 aeronaves, um número que também poderá aumentar.
O contrato de venda da TAP com o agrupamento vencedor foi hoje assinado no Ministério da Finanças.
A 11 de junho, o Governo aprovou a venda de 61% do capital social da TAP ao consórcio Gateway, do empresário norte-americano David Neeleman e do empresário português Humberto Pedrosa – um dos dois finalistas do processo de privatização da transportadora aérea portuguesa, sendo o candidato preterido Germán Efromovich.
Fernando Pinto “não abandona o barco” para já, depois depende
O presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou hoje que se vai manter à frente da empresa durante a “passagem de testemunho” para os novos donos da companhia aérea, o consórcio Gateway, deixando em aberto o que acontecerá depois.
“Temos um trabalho até ao final do ano para fazer, depois veremos o que vai acontecer”, disse aos jornalistas o presidente da companhia aérea, à margem da assinatura do contrato de venda de 61% do grupo TAP ao consórcio Gateway, que decorreu hoje, no Ministério das Finanças, em Lisboa.
Fernando Pinto sublinhou que a sua missão só acaba quando fizer a passagem de testemunho e que só quer sair da TAP no dia em que considerar que a empresa “está no bom caminho, no caminho do crescimento”.
Na fase de passagem de testemunho será feita uma gestão “praticamente conjunta” com os novos donos da TAP.
“A partir daí, depende de me convidarem e de eu aceitar”, adiantou.
O responsável da TAP salientou que “não gostaria pura e simplesmente de abandonar o barco” e que “tem a responsabilidade, perante os trabalhadores da TAP, de fazer essa passagem o mais suave, o mais gradual possível”.
/Lusa
Privatização da TAP
-
23 Setembro, 2023 TAP já só vale um terço do que os contribuintes pagam por ela
-
26 Fevereiro, 2016 Bruxelas pressiona ANAC para limitar poder estrangeiro na TAP
-
14 Fevereiro, 2016 CDS acusa governo de ter escondido entrada de capital chinês na TAP
Estava difícil ? Foi preciso um empurrão dos “média”
ontem eram 800….hoje são 600… e daqui para diante….sinceramente não sei !!!!
uf até que enfim.
Fernando Pinto “não abandona o barco”…era o que faltava!! Foi um dos responsaveis pela ruína da TAP e agora saía devagarinho!
Fernando Pinto um dos maiores especialistas reconhecido pelos novos proprietários… Melhor dizendo: Os novos proprietários da TAP não abdicam das competências do anterior administrador.
Tão queridos que eles são! !!
Quando a esmola é grande o pobre desconfia.