Proposta do Kremlin foi apresentada ao enviado especial de Trump esta semana. Putin e Trump vão estar juntos dia 15, sem Zelenskyy, no Alasca. “Decisão sem nós nasce morta”, avisa Zelenskyy.
O Presidente russo apresentou esta semana à administração do homólogo nos EUA uma proposta para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, através do enviado especial dos EUA Steve Witkoff.
Segundo o The Wall Street Journal, Putin admitiu estar disposto a pôr um ponto final na guerra se a Ucrânia entregar áreas no leste do país, nomeadamente a região de Donbass, e se a comunidade internacional reconhecer essas reivindicações territoriais de Moscovo.
A proposta também implica a retirada das forças ucranianas de toda a região de Donetsk, deixando a Rússia com o controlo de Donetsk, Lugansk e da Crimeia, anexada em 2014 — Moscovo ocupa atualmente a maioria dessas áreas, mas Kiev mantém algumas cidades estratégicas.
Persistem as dúvidas quanto ao destino das regiões de Zaporijia e Kherson, parcialmente ocupadas pela Rússia. Fontes norte-americanas ligadas às reuniões diplomáticas dizem que Moscovo pretende congelar as linhas atuais e negociar trocas territoriais, para consolidar o controlo total dessas zonas, mas não se sabe ao certo o que a Ucrânia receberia em troca.
Segundo o WSJ, o plano teria duas fases: primeiro, a retirada ucraniana de Donetsk e o congelamento da frente de combate; depois, um acordo de paz definitivo a ser negociado por Trump e Putin, aí sim, com o envolvimento de Zelenskyy.
A proposta não aborda diretamente as garantias de segurança exigidas por Kiev, incluindo a adesão à NATO. Putin teria prometido legislar para garantir que a Rússia não atacaria a Ucrânia ou a Europa — uma promessa recebida com ceticismo.
A notícia da proposta surge horas depois de Trump anunciar que se reunirá com Putin no Alasca, a 15 de Agosto, para discuti-la. O Kremlin não comentou oficialmente a proposta.
“Haverá troca de territórios”
Trump, como já tinha admitido antes, disse que “haverá trocas de território que beneficiarão ambos”.
“O Presidente Putin, acredito, quer ver a paz, e Zelensky quer ver a paz”, disse o líder norte-americano, mas o Kremlin tem excluído um encontro entre Putin e Zelenskyy, que afirma fazer sentido apenas no final de um processo negocial, quando houver acordo em relação aos termos para a paz na Ucrânia.
Zelensky “precisa de conseguir tudo o que precisa, porque vai ter de se preparar para assinar alguma coisa”, referiu o Presidente norte-americano. “E acho que está a trabalhar arduamente para conseguir isso”, adiantou Trump.
Ucrânia: “decisão sem nós nasce morta”
O Presidente ucraniano alertou para qualquer “decisão que seja tomada sem a Ucrânia”, reafirmando que os ucranianos “não vão abandonar sua terra aos ocupantes”.
“Qualquer decisão que seja tomada contra nós, qualquer decisão que seja tomada sem a Ucrânia, será uma decisão contra a paz” e “nasce morta”, avisou Zelensky nas redes sociais.
“São decisões que não podem funcionar. E todos precisamos de uma paz real e genuína. Uma paz que as pessoas respeitem”, adiantou.
A reunião no Alasca, muito aguardada, acontecerá sem Zelenskyy, que insistiu que quer estar presente e com uma participação europeia.
“Os ucranianos não vão abandonar a sua terra aos ocupantes”, acrescentou.
Tomás Guimarães // Lusa
Guerra na Ucrânia
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9 Agosto, 2025 Putin cessa fogo em troca do leste da Ucrânia, “haverá troca de territórios”. Zelenskyy está furioso
Uma vergonha, afinal o crime compensa.
E para que fazer acordos com a Rússia se sabemos que não vai cumprir, como nunca cumpriu até agora?
Nós últimos 300 anos teve mais de 100 guerras com os vizinhos. Até com Hitler teve acordos!
Meu caro esta guerra só se prolongou devido a interesses ocidentais. Estiveram perto de um acordo logo no inicio, mas alguns europeus acharam que tinha mais a ganhar com uma guerra do que com a paz. Dai estarmos como estamos. Informe-se primeiro antes de dizer asneiras.
Vergonha é tentar fazer de uma mentira uma verdade insofismável.A Rússia é o maior país do entomundo e só tem cerca de 140 milhões de habitantes.Detém 30% dos minerais raros o que tem um valor incálculãvel e abrem o apetite aos grandes grupos económicos que se querem apoderar desses valores.A partir daqui inventam-se todas as mentiras possíveis para manipular e oficializar a ideia de que a Rússia pretende dominar a Europa,de. Que é necessário investir em armamento,para defesa da Europa.
Tudo é plena e pura mentira.É a América que quer criar a imagem da guerra iminente,do preparar os países para a sua defesa e como tal adquirir material bélico só complexo industrial militar
Tudo o resto é conversa e sem guerra como se vende armamento e sobrevivem os fabricantes de armamento.
Que grande confusão que vai nessa cabeça, até parece que foi a Ucrânia que invadiu a Rússia.
Tem razão numa coisa, a Rússia é um país enorme, que não tem população suficiente para o seu tamanho, pelo que não se percebe porque raio querem mais terras.
Pena a riqueza não ser para beneficio da população, mas somente para alimentar a ganancia de um ditador assassino e da sua corte.
Incrível como ainda existem pessoas que acreditam na propaganda do Adolfo Putin e dos seus capangas.
Matem estes dois gajos, Putin r e Trump.