Marcelo tem pressa: primeiro-ministro pode ser indigitado já nesta quinta-feira

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Miguel A. Lopes/Lusa

Presidente da República resumiu: “Vou ouvir primeiro os três partidos. Se eu tiver condições para logo nesse dia fazer sair uma nota de indigitação, faço”.

O Presidente da República anunciou que irá ouvir novamente o PSD, o PS e o Chega na tarde de quinta-feira e quer indigitar o primeiro-ministro, se possível, logo nesse dia.

“Vou ouvir primeiro os três partidos. Se eu tiver condições para logo nesse dia fazer sair uma nota de indigitação, faço“, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, à saída do Convento do Beato, em Lisboa.

Quanto às novas audiências aos três maiores partidos com assento parlamentar, o Presidente da República referiu que o calendário “já está definido” e irá recebê-los às 15:00, 16:00 e 17:00 de quinta-feira, dia seguinte ao apuramento dos resultados dos círculos da emigração.

“A ideia é que, logo que possa, indigitarei [o primeiro-ministro]”, acrescentou.

Questionado se tenciona receber José Luís Carneiro, candidato a secretário-geral do PS, o chefe de Estado respondeu: “Eu vou falar com a delegação que vier do PS, quem escolhe são eles”.

Ainda sobre o PS, Marcelo comentou: “Vamos ver como é que se define. O líder anterior definia-se como oposição à passagem do programa do Governo. Vamos ver como é que é agora e depois, em função disso, temos o retrato”.

O presidente da República comentou com os jornalistas que o Chega “já se definiu como potencial líder da oposição, mas é preciso comprovar se realmente passa a líder da oposição”.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que, quando foi presidente do PSD entre 1996 e 1999, e estava na oposição, era um período “complicado de gerir como líder da oposição, uma situação a seguir a um longo período de governo” – do PSD, liderado por Cavaco Silva.

Seja qual for o desfecho em 2025, espera “ter a garantia de estabilidade” a partir de quinta-feira, de preferência com “uma legislatura de quatro anos”.

Mas, lembrou, o seu mandato termina no início de 2026: “Eu não posso estar a referir-me, era uma indelicadeza, àquilo que ultrapassa o meu mandato”.

“Eu estou a trabalhar para que a estabilidade dure para além disso, mas digamos que, para já, é muito importante o arranque neste período fundamental: todo o ano de 2025, que ainda falta, e o começo de 2026”, explicou.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. então quer dizer que a decisão está previamente tomada. Assim, tem urgencia em despachar o assunto. Podia ao mesno ser Honesto e coerente e cancelar as audiencias, são só um Show de embelezamente das Instituiçoes.

  2. Devia era , em nome da almejada e desejada “Estabilidade”, criar um Governo Presidencial e indigitar o Andre como PM juntamente com o PS. Tem maioria Absoluta. Porque nãqo fizeram desta vez a “Geringonça”?

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