Mário Cruz / Lusa

Presidente da República já falou com quem sai do PS, falta falar com quem entra. E quem será o líder da oposição? E o que dirá o primeiro-ministro depois?
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou nesta sexta-feira que só vai avançar na constituição do futuro Governo depois de voltar a falar com PS, Chega e PSD; e que não será antes de 28 de maio, quarta-feira.
Em declarações à entrada da Casa da Música, no Porto, onde assistiu a um concerto da Orquestra Sinfónica do Porto, o chefe de Estado, quando questionado se estava tranquilo após ter recebido todos os partidos, respondeu faltarem “ainda três conversas muito importantes”.
“Falta uma conversa com a eventual nova liderança do PS. Eu tive a conversa com quem saía. Agora vou ter a conversa com quem pretende entrar. Faz a diferença! Segundo, a conversa com o partido que pode passar a ser o partido líder da oposição, mas só sabe dia 28 à noite. E, finalmente, a conversa com o partido do primeiro-ministro, que naturalmente tem que saber o que é que pensam os outros partidos para saber aquilo com que conta”, informou Marcelo Rebelo de Sousa.
O presidente da República prosseguiu: “Portanto, até dia 29 vamos esperar pelos resultados provisórios do dia 28 (votos dos emigrantes). Vamos esperar pela posição de quem quer assumir a liderança do PS e vamos esperar para ver se o Chega passa a segundo partido (…) e a líder da oposição ou não”.
Recorde-se que, para já, PS e Chega estão empatados com 58 deputados, depois dos votos dos eleitores que moram em Portugal; com vantagem para os socialistas, que tiveram mais 49 mil votos. Mas os votos dos emigrantes podem dar nova vitória ao Chega, como aconteceu em 2024, e colocar o partido de André Ventura como o novo líder da oposição, com mais deputados do que o PS.
Perante a insistência dos jornalistas sobre se lhe parece ter encontrado uma solução de governabilidade melhor ou menos má, o Presidente da República disse preferir esperar para ver ao mesmo tempo que lembrou ser um “otimista”.
“Acho que há condições para esperar isso porque é isso que interessa para o país”, afirmou.
ZAP // Lusa