Medina ilibado no caso Tutti-Frutti. Nove anos depois, há 60 arguidos

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Julien Warnand/EPA

Fernando Medina, ministro das Finanças

Antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa de fora do processo que investiga crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência em pactos entre o PS e PSD.

O Ministério Público deduziu acusação contra 60 arguidos no âmbito do processo Tutti Frutti por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência, e pediu a perda de mandato e futura inelegibilidade de 13 autarcas, entre presidentes, ex-presidentes e membros de executivos de juntas de freguesia e câmaras municipais alvo de acusação no processo.

De acordo com a acusação, entre os 60 arguidos, muitos deles responsáveis de juntas de freguesias da Grande Lisboa, está o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton (sobre o qual recaem fortes indícios de corrupção passiva e prevaricação) e o deputado do PSD Carlos Eduardo Reis (fortemente indiciado por corrupção ativa, prevaricação e tráfico de influência).

Fernando Medina, antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, chegou a ser ouvido como arguido pelo Ministério Público, no final do ano passado, mas não foi acusado pelo Ministério Público, tendo este entendido que não foi possível deduzir que Fernando Medina tivesse atuado “com o propósito inequívoco” de beneficiar outros arguidos.

“A conclusão que se impõe é a de que não se demonstrou a prática de factos suscetíveis de integrar os crimes de corrupção ativa e passiva, inicialmente referenciados, nem do crime de prevaricação imputado ao arguido Fernando Medina, nos moldes explanados”, lê-se na acusação.

A operação denominada Tutti Frutti começou com inquéritos há nove anos alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos, estando em causa suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.

Foi revelado que deputados do PSD e do PS recorriam com regularidade a “esquemas” para cobrar viagens não realizadas e registar falsas presenças no Parlamento.

A direção do grupo parlamentar do PSD ainda não teve conhecimento da acusação do processo “Tutti frutti” nem falou com os deputados envolvidos, pelo que não fará, para já, comentários, disse à Lusa fonte da bancada.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Tardou, mas foi. Está servida a “tutti-frutti”.
    De Fernando Medina, podem as más línguas tirar as dentuças afiadas.
    Quanto aos restantes, aguardam-se reações.
    De camarote e tigela das pipocas bem atestada, estou preparada para uma longa espera.
    São lentos a reagir, quando o rabo preso lhes fica ao fundo das próprias costas.

    • Cara Lucinda (o seu nome não é único),

      O que consigo extrair é que os esquerdistas são “os protegidos” da falsa pátria que construíram nos seus “governos”.
      Este tipo “Merdina” é nitidamente um ladrão, há provas daquilo que fez. No entanto, deve ter comprado um ananás ao juiz ou à juíza, para evitar ter que pôr as mãos no “gradeamento metalizado” durante oito meses, como um dos seus “amigos”, o saca-milhões.
      A vigarice existe dos dois lados, mas a perpetuação de impunidade é real, para os da esquerda. Quando alguém de Direita escorrega por causa da “casca de banana”, urge e surge o natural ódio da esquerda, que se diz contra isso mesmo, apesar de se saber que as suas palavras não correspondem aos atos. Daí todos os partidos “vermelhos” estarem perto da extinção, assim espero. A justiça irá chegar, creio.

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