O “multimilionário sem rosto” está a revolucionar o mercado das comunicações em Portugal. Um resumo do percurso de Zoltán Teszári.
A revolução no mercado das comunicações em Portugal tem um nome: Digi. E na criação dessa empresa romena surge outro nome: Zoltán Teszári.
O multimilionário de 54 anos começou a criar fortuna ainda no século passado, mas desde cedo tentou – e conseguiu – ser discreto.
Como destaca o Observador, uma das poucas imagens de que há registo surgiu logo após a queda da URSS: já tinha um Audi 80 quando a maioria dos outros romenos se ficava por um Dacia.
Foi campeão de judo mas foi no mundo empresarial que se começou a destacar.
Destaca-se… longe dos jornalistas, longe das câmaras. Gosta de ser conhecido como o “multimilionário sem rosto”. E com razão: é multimilionário e o seu rosto quase nem aparece.
O seu maior inimigo, segundo a imprensa romena, não é um adversário empresarial, um concorrente – são as máquinas fotográficas.
Nos números, Teszári é uma máquina: está no top-20 das pessoas mais ricas da Roménia, com um património de quase 400 milhões de euros. Sim, a grande fatia relacionada com a área das telecomunicações.
Fundou e lidera a Digi, mas longe dos trabalhadores. Aliás, há relatos de trabalhadores que nem sabem como falar com o proprietário. Também a nível interno, tem muita cautela sobre os momentos em que fala e com quem fala.
Voltando ao mistério e ao seu currículo: ninguém sabe ao certo onde é a casa de Zoltán Teszári. Terá um modesto escritório em Oradea, a sua cidade natal. Também terá um filho – em princípio.
Proveniente de uma família de origem húngara, e com pouco dinheiro em casa, não era propriamente brilhante na escola mas tinha uma “capacidade mental aguçada”, contam antigos colegas.
Durante as suas viagens a outros países – por causa de torneios de judo – começou a aproximar-se do mundo dos negócios. Como? Trazia para a Roménia produtos/marcas que não havia no seu país: whisky, roupa, cigarros, café. Comprava barato, vendia caro e o lucro era considerável.
Foi com esse lucro que conseguiu investir numa gelataria. E assim começou oficialmente o seu percurso de empresário: a vender gelados no quintal de uma igreja.
Logo aí as escolhas não foram ao acaso: o seu parceiro era neto do bispo e a zona — o quintal da igreja — era adequada para o negócio.
A sua gelataria viria mesmo a tornar-se na maior distribuidora para produção de gelados da Transilvânia.
Depois entrou no negócio de importação de equipamentos para televisores – e sim, mais tarde passou a ter uma empresa de telecomunicações. Primeiro negócio de televisão por cabo, depois internet e já no final do século… A Digi Communications.
Um self made man.
Onde é que está o problema?
(teve umas ajudazitas, mas foi esperto – o neto do bispo é um “golpe” de um certo nível, já demonstrava que via longe!)
Temos sido enganados e chegou a hora de acabar com quem nos subjugou!
A Digi apareceu há pouco tempo e, pelo que parece, com preços muito mais competitivos do que as operadoras mais antigas.
Agora parece que começam a correr noticias que afinal não é assim tão boa. Será que são as antigas operadoras que começam a lançar essas noticias / boatos com a ajuda (paga com certeza ) de alguma comunicação social para ver ser não perdem os clientes todos ?
Caro leitor,
A Digi apareceu de facto há pouco tempo. O ZAP deu na altura a notícia de que iria aparecer, e de que tinha chegado.
E não é pelo que parece. É mesmo, com preços muito competitivos, que o ZAP adiantou.
Nas últimas semanas, demos notícia de que a DIGI já mexe com o mercado e de que é possível esperar pela Digi sem renovar a fidelização e não subir o preço, e de que a NOS está desesperada. Demos a conhecer os tarifários a 4 euros sem fidelização, e como funciona a Digi em Espanha com internet mais rápida e fidelização de 3 meses.
Acha que essas notícias foram pagas? E agora que publicámos também uma notícia sobre os problemas da Digi (que os há em todas as operadoras, como noticiámos também ao longo dos anos), acha que essa notícia também foi paga? E vamos ter que devolver o dinheiro à Digi? E o que recebemos com a nova notícia, dá para cobrir o que vamos ter que devolver?
O ZAP não recebe dinheiro de nenhuma operadora de telecomunicações — pelo contrário, paga mensalmente, a duas delas, pela infraestrutura de telecomunicações que usa.
A empresa que detém o ZAP está excitadíssima com o aparecimento da Digi. Só estamos à espera que a sua fibra ótica chegue ao 99 da nossa rua para a testar — e, se for caso disso, baixar o custo das faturas mensais.
Já o jornal ZAP não está nem pode estar excitadíssimo. Nem deixar de estar. Tem que dar as notícias que tem que dar, as boas e as más.
E quando a fibra ótica e a TV e tudo o mais da Digi chegar ao 99 da nossa rua, e as testarmos nós próprios, cá estaremos para dar a notícia. Boa, ou má.
E até lá cá estaremos a dar as notícias do que a Digi for fazendo. De bom e de mau.
Pode estar a correr menos bem ou mal ou menos mal tendo em consideração que é uma empresa recente e lhe caem todos em cima a quererem mudar, é normal. Estão esquecidos das barracas iniciais da TMN e da ZOON na altura?Claro que instalados criam todas as dificuldade até o Metro de Lisboa não quer deixar montar antenas em igualdade com os outros. Eu vou mudar assim que poder e libertar das amarras.