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Filho de Marcelo citado numa mega-fraude fiscal com gasolineiras em Espanha

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Tiago Petinga / Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa com o filho, Nuno Rebelo de Sousa.

O filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, volta a estar em xeque depois de o seu nome ter sido “apanhado” em conversas dos suspeitas de uma mega-fraude fiscal em Espanha.

Em causa estão mensagens trocadas entre os suspeitos do chamado “caso Koldo” que investiga uma eventual fraude fiscal na venda de hidrocarbonetos (a principal fonte de combustíveis fósseis como gasolina e gasóleo).

O Estado espanhol terá sido lesado em 182 milhões de euros.

Os principais suspeitos do processo são o ex-presidente do clube de futebol Zamora, Victor de Aldama, e o empresário Cláudio Rivas, que estavam a tentar concretizar a expansão para Portugal da rede de gasolineiras Villafuel, como adianta o jornal espanhol El Confidencial.

A revista Sábado nota que Nuno Rebelo de Sousa é referido numa troca de mensagens escritas através da aplicação Signal.

Nessas mensagens, Aldama terá escrito que marcou uma reunião com o “filho do presidente de Portugal” e que Nuno Rebelo de Sousa lhe terá perguntado se poderia “entrar na empresa com uma percentagem”, conforme cita a Sábado.

Confrontado com estes dados pela revista portuguesa, Nuno Rebelo de Sousa realça que o assunto lhe é “totalmente estranho”, garantindo que “não conhece o referido senhor”.

O filho de Marcelo Rebelo de Sousa tem sido notícia em Portugal, devido ao chamado “caso das gémeas“, duas meninas brasileiras com uma doença rara para quem terá pedido uma “cunha” ao pai, de modo a garantir que tivessem tratamento no Serviço Nacional de Saúde com o medicamento mais caro do mundo.

Esse terá sido apenas um de vários favores pedidos por Nuno Rebelo de Sousa ao Presidente da República.

ZAP //

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7 Comments

    • Em 50 anos de liberalismo Portugal é um País onde até para empregado de balcão se entra por cunha, desde o posto mais alto na cadeia hierárquica ao posto mais baixo, seja no Estado ou empresa privada, são muito raras aquelas pessoas que têm trabalho por perfil e mérito, o cenário é assustador, se for ao Estado ou a uma empresa privada (independentemente da sua dimensão) vai ver que são todos amigos ou familiares uns dos outros, com cunhas provenientes de uma seita política, religiosa, no IEFP, ou em empresas de exploração de trabalho temporário.

  1. Reabram o Tarrafal com os antigos operacionais da PIDE e ponham-nos todos lá dentro, de certeza que ia ser um Portugal muito melhor

  2. A corrupção tem sempre um rosto e um nome. Geralmente são pessoas com dinheiro que precisam de favores e usam amigos influentes a quem pagam em troca de favores maiores. Sejam empreitadas, aprovação de projectos ir mesmo medicamentos milionários.

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