O mundo está, em suspenso, à espera da resposta de Israel ao ataque realizado pelo Irão contra o país. Já se sabe que será demolidora – e há alvos bem definidos.
Israel continua a atacar o Líbano a norte da sua fronteira, enquanto mantém também a frente de guerra em Gaza a sul.
Durante a noite, houve diversos bombardeamentos em Beirute, com os israelitas a terem como alvo principal Hashem Safieddine, o potencial sucessor do assassinado líder do Hezbollah, conforme apurou a CNN junto de fonte militar.
Os ataques no Líbano já mataram mais de 1300 pessoas. Em Gaza, morreram mais de 41 mil pessoas.
Aguarda-se, agora, a resposta que Israel vai dar ao ataque do Irão que estreou os seus mísseis balísticos hipersónicos Fattah nesta semana. Um acto que pode ser visto como uma espécie de auto-imolação porque, agora, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem margem de manobra para intensificar os ataques militares contra o eterno “inimigo”.
O jornalista Paul Wood, ex-correspondente da BBC em Jerusalém e na Síria, considera, num artigo de opinião na revista Spectator, que o “Irão caiu na ratoeira preparada por Israel” que, assim, ganha espaço de manobra para “reformular o Médio Oriente a seu favor”.
Wood entende que o Irão “mordeu o isco depois de meses sem responder a uma série de ataques devastadores – e humilhantes – que decapitaram a sua milícia libanesa, o Hezbollah, e mataram o líder do Hamas em Teerão”.
Deste modo, após o ataque iraniano que visou “infligir danos reais” a Israel, Netanyahu conseguiu “a guerra que alguns o acusaram de desejar desde sempre: uma guerra para destruir o regime de Teerão, travada com a ajuda americana”, aponta também o jornalista.
Israel conta com EUA para “guerra total” com Irão
Netanyahu já prometeu que o Irão “vai pagar” – só ainda não se sabe como.
Nesta altura, Israel e EUA estarão a “negociar” a forma como esta resposta vai decorrer.
Isto porque Netanyahu precisa de garantir que os EUA apoiarão Israel “se o conflito com o Irão se transformar numa guerra total”, nomeadamente para conseguir “um fornecimento constante de bombas” e “apoio operacional”, destaca também Wood.
O papel de Joe Biden vai, portanto, ser determinante numa altura em que está de saída da Casa Branca. A guerra no Médio Oriente não vem nada a calhar numa altura delicada da vida política norte-americana, quando Donald Trump e Kamala Harris disputam as eleições presidenciais.
Mas Biden sentir-se-á impelido a apoiar Israel sem hesitações, até porque os EUA também “ficariam felizes de ver o Irão – e o Hezbollah – enfraquecidos“, nota Wood.
Destruir armamento nuclear do Irão
Estas negociações com os EUA quanto à forma como os ataques israelitas ao Irão vão decorrer envolvem a definição de alvos específicos.
Um desses alvos será o programa de armamento nuclear do Irão. Netanyahu estará convencido a avançar nesse sentido, visando paralisar fatalmente a República Islâmica em termos de capacidade militar.
Contudo, estas instalações nucleares são, sobretudo, subterrâneas, o que tornará a missão de Israel mais complicada.
Além disso, Biden estará hesitante quanto a esta via, temendo as consequências que podem advir desses ataques.
Petróleo iraniano será outro alvo de Israel
Outro alvo do exército israelita serão as instalações petrolíferas do Irão, incluindo os gasodutos e terminais. E esta tarefa nem seria difícil de concretizar porque “a maior parte da produção petrolífera do Irão está concentrada em apenas quatro campos principais“, como repara Wood na Spectator.
“O terminal da ilha de Kharg exporta mais de 90% do petróleo iraniano e fica apenas a um curto voo de um caça-bombardeiro de Israel”, analisa o jornalista.
Biden já assumiu que os EUA e Israel estão “em discussões” sobre eventuais ataques às reservas de petróleo iraniano.
O problema é que atacar o petróleo iraniano levaria a um aumento do preço do petróleo, algo que Biden não quer para os EUA, tanto mais, a um mês das eleições.
Mas há outro peso na balança a considerar. É que esses ataques seriam devastadores para a economia iraniana, o que, consequentemente, levaria ao corte do financiamento aos terroristas do Hamas e do Hezbollah.
Com a economia em frangalhos, o próprio regime iraniano “ficaria em sérios apuros”, analisa ainda Wood que salienta que o país já vive com dificuldades financeiras e que “não pode pagar uma guerra total com Israel”.
Assim, o regime iraniano enfrenta uma dupla ameaça – uma eventual destruição às mãos de um inimigo externo e uma potencial revolta interna.
Israel está “a destruir o Líbano”
Enquanto decide o que fazer com o Irão, Israel continua a bombardear o Líbano. O ministro da Economia libanês, Amin Salam, lamenta na CNN que a ofensiva israelita está “a destruir o país”.
Os ataques de Israel têm ocorrido cada vez mais próximo de áreas civis, chegando a afectar o centro de Beirute nas proximidades do Palácio do Governo.
“Temos hospitais cheios de gente, escolas cheias de gente, gente a dormir na rua, e esta guerra continua”, diz Salam.
Há mais de um milhão de libaneses deslocados que vão ser um problema “de longo prazo” para o Governo, mesmo que entre em vigor um cessar-fogo, acrescenta o ministro.
Entretanto, Netanyahu continua firme na sua cruzada, reconfortado pela esmagadora superioridade militar que Israel tem revelado contra o Hamas, o Hezbollah e o Irão.
Esse reconforto, e as costas quentes com os amigos americanos, podem ajudar a decidir quais os próximos passos a seguir nesta guerra que é, antes de mais, pela “própria existência”, como já disse o primeiro-ministro israelita.
Mas, bem vistas as coisas, nisso Israel e Irão estão de mãos dadas – é a existência de cada uma das nações que está em jogo.
Guerra no Médio Oriente
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Se atacarem directamente o Irão, creio que os filisteus irão virar pó, pois a brincadeira irá ficar mais séria. Eles que não se aventurem a mexer com quem está quieto, pois depois terão que correr chorando para baixo das saias dos americanos, alegando que “fizeram para se defender”…
Mas exatamente quem é que está quieto? O Irão???
Os santinhos dos iraninianos, que “só atacam zonas desabitadas e são os bons da fita”, usam há décadas esbirros terroristas e genocidas como o Hezbolah e os “rebeldes” iemenitas, numa guerra proxy contra Israel.
É engraçado ver como os americanos dependem tanto do petróleo mas dão apoio total ao inimigo dos seus principais produtores no Médio Oriente. Ele há coisas do caraças!
A notícia é tendenciosa e falaciosa. Os Sionistas (israelitas) começaram o conflito com palestinianos em 1948 aquando do “nakba” em que dizimaram 500 aldeias, mataram 15.000 pessoas e obrigaram à fuga de + de 700.000. Aos que tentaram regressar às suas casas não lhes foi permitido. Desde então os israelitas cometeram inúmeros massacres e atrocidades quer na Palestina quer no Líbano. Os países vizinhos têm mais do que muitos motivos pra sentir ódio desses colonizadores genocidas, psicopatas, narcisistas, ladrões, assassinos dissimulados e sem vergonha! Acham que são melhores que todo o mundo, acham que são especiais e os outros de outra religião ou ateus são inferiores, acham-se quase semideuses, fanáticos hipócritas! O irão só respondeu aos diversos ataques dos israelitas! Só israel é que pode tudo? Pode assassinar, matar e atacar todo mundo, quando os outros revidam… coitadinhos do israelitas são vítimas… Hipocrisia não tem limites?!?
O irão, contrariamente ao regime apartaide miserável israelita, visou alvos militares e não civis. Mesmo no Líbano israel atacou, e está atacando, bairros residenciais. Há vários vídeos no youtube, é só pesquisar! E depois todos os outros são terroristas mas quem faz terrorismo primeiro é israel! Dezenas de anos a torturar, roubar e aterrorizar os palestinianos (muçulmanos e cristãos de igual forma, apesar de os cristãos serem em bastante menor número), a expulsar as pessoas das suas casas, a roubar as suas terras, a destruir os seus pomares, a matar a família daquelas gentes impunemente sem haver qualquer repercussão ou consequência para os assassinos! E depois os palestinianos e o Hamas são os mauzões e os terroristas! Se o Hamas é terrorista os militares e forças policiais de israel são 10 vezes piores! Os políticos e população que os apoia são farinha do mesmo saco. Criaturas miseráveis.
Tem toda a razão, ainda me lembro quando Israel entrou na Faixa de Gaza, e matou mais de um milhar de civis palestiniamos inocentes, eram velhos, creianças, mulheres , não importava se estavam em casa, numa mesquita ou noutro lado qualquer todos foram massacrados e ainda não contentes com isso levaram varias centenas para Israel para os torturar. Quando Israel ataca com os seus misseis obsoletos a casa de qualquer palestiniano pode ser atingida , já os palestinianos apenas são forçados a se defender mas quando o fazem nunca atinguem alvos civis pois os seus sistemas são altamente precisos, seria impensavel atingir o recreio de uma escola onde crianças praticam desporto. Além disso os terroristas dos israelitas têm os seus quarteis junto a zonas residênciais, muitas vezes nos próprios edificios ou sobre eles, por isso algum israelita inocente que morra é devido a essas sujas tacticas dos terroristas de Israel. Por isso não posso deixar de concordar consigo o maximo possivel, pela excelente analise
Não deixarão o outro terminar o serviço, e assim os sionistas, com as costas quentes do outro do lado das americas fazem tudo o que querem, eles e defesa os outros é terroristas, para uns países vem de uma forma para outras ja não é da mesma.
Número de mísseis que a Jordânia lançou contra Israel nos últimos 10 anos: zero
Número de jordanos mortos por Israel nos últimos 10 anos: zero
Número de mísseis que o Egito lançou contra Israel nos últimos 10 anos: zero
Número de egípcios mortos por Israel nos últimos 10 anos: zero
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Independentemente de todo um historial que vem de há décadas, não fiquei indiferente ao assalto do HAMAS, em espaço dito de Israel, que resultou na morte e reféns de israelitas. Nessa altura fiquei do lado de Israel, torcendo para que tão rápido quanto possível o problema fosse resolvido em favor da libertação de quem tinha sido levado para as “catacumbas” do movimento terrorista HAMAS.
Netanyahu, que nessa altura vinha sofrendo alguma contestação oposicionista, aproveitou a situação para tentar reforçar a sua posição e justificar o lugar que ocupava/ocupa adentro da sua governação. E não se cansou em afirmar tudo fazer para, quanto antes, libertar os seus compatriotas.
O tempo passou, os reféns, mortos ou vivos, continuam do outro lado, Gaza está destruída, os seus habitantes mortos, Agora o Líbano e, pelos vistos, quer estender a “festa” ao Irão.
Mas os reféns, nas mãos do HAMAS, lá continuam. NETANYAHU está-se nas tintas para os seus compatriotas. O que ele quer é outra coisa: FICAR NA HISTÓRIA COMO TERRORISTA COMPETENTE, que, por ter meios que os outros não têm, é mais terrorista do que os outros.
Excelente oportunidade para acabar de vez com o programa nuclear do Irão. Bombas atomicas nas mãos de terroristas , mesmo que num Estado é sempre má ideia. Basta ver a chantagem que a Russia está a fazer ao ameçar com bombas atómicas um pais que se defende e numa guerra de conquista de territorio que ela propria começou .
Não haverá tão cedo uma oprtunidade igual . Irão é o grande desastibilizador de todo o médio oriente, sem o Irão a paz seria muito mais facilmente alcançavel, são eles que apoiam e armam os animais raivosos do Hamas e Hezbolath . Todos sabemos que animais com raiva são para ser abatidos . Esses terroristas estão a ter o que merecem . Há danos colaterais, claro que sim, mas esses animais não se preocupam com o seu povo e tudo fazem para que existam vitimas inocentes na sua guerra pois isso internacionalmente os favorece.
Os novos nazis genocidas..
E os seus cãezinhos…
O Irão é um país democrático, preza e respeita a Mulher e é um destino turístico muito interessante.
Não têm que se preocupar com os usos e costumes locais, são muito tolerantes e receptivos a outras culturas e religiões.
Se Israel for forçado a aplicar o seu armamento atómico o Irão é destroçado. Estes árabes e muçulmanos ainda se devem lembrar da guerra dos sete dias em que Israel os derrotou a todos num abrir e fechar de olhos. Estão a brincar com o fogo. Israel é só a potência militar mais aguerrida e preparada do mundo. Esta gente árabe-muçulmana o que deveria fazer era procurar a paz em vez da provocação constante. Não têm meios nem inteligência para andarem constantemente nestes conflitos. Israel tem todo o poder para os destruir.
A Jordânia e o Egito são o exemplo de que é possível viver-se em paz no Médio Oriente. O úníco e grande obstáculo tem apenas um nome: Irão. Se Trump vencesse, decerto que iria procurar de vez arrumar com este perigoso inimigo. Ele já da outra vez fez alguma coisa nesse sentido. Com Kamala tudo irá piorar naquela região tão turbulenta do globo.