Só com violência, só com sabotagem: cada vez mais exilados acreditam que conseguem libertar a Rússia do seu “eterno” presidente.
Vladimir Putin e o Kremlin tentam sempre deixar a ideia de que têm o apoio de todos os russos, em qualquer medida que anunciem. Mas isso não acontece.
Demos o exemplo de sondagens que mostraram que, ainda em 2022, a maioria dos russos queria o fim da guerra na Ucrânia. Por isso, para o Kremlin, o melhor era deixa de realizar sondagens.
Mas há russos que vão mais além, que não se ficam apenas por discordar do Governo em sondagens. Há quem queira derrubar Putin e os seus aliados.
Há cada vez mais exilados, um autêntico “exército”, que acreditam que vão conseguir libertar a Rússia do seu “eterno” presidente.
Muitos estão em Varsóvia, capital da Polónia. E acham que só o vão conseguir através de violência e sabotagem, resume o Business Insider.
Vladislav Ammosov chegou a estar na guerra da Ucrânia – mas do lado dos ucranianos. Era líder de uma brigada de voluntários anti-Putin. Ou seja, um russo a lutar contra russos.
O seu sonho é destruir a Rússia actual, por todos os meios possíveis.
O russo relata que os habitantes da sua terra natal, Sakha, estão a viver na miséria. O dinheiro é desviado por alegados oligarcas de Moscovo, todos com ligações ao presidente Vladimir Putin. “Somos mais ricos do que os árabes, mas vivemos na pobreza”, lamenta.
Já estava furioso com essa situação, mas a guerra na Ucrânia lançou o impulso essencial: começou a planear a queda do Governo.
Vê nesta guerra uma oportunidade rara para derrotar os”imperiais” de Moscovo e desmantelar completamente a Rússia. Até acredita que uma Rússia dividida iria fazer com que a República de Sakha se tornasse uma nação soberana.
“E eu sei como destruir países”, avisa.
O antigo militar, e antigo investigador de uma agência de inteligência, explica que ele e a sua equipa estiveram a desenvolver novas armas estratégicas para destruir a economia dos EUA. “O mesmo pode ser aplicado à Rússia: modelagem matemática de sectores individuais da economia para identificar vulnerabilidades”.
E acredita que vai ter ajuda: “Em qualquer país, há muitas pessoas que querem destruir o seu país. Só é preciso dar-lhes ferramentas”.
De facto, Ammosov não está sozinho. Há cada vez mais opositores a Putin, sobretudo desde que começou a guerra e desde que morreu o conhecido Alexey Navalny.
Há vários grupos entre os opositores. Alguns, como Ammosov, querem dividir por completo a Federação Russa.
Outros, nomeadamente um grupo de nacionalistas russos de extrema-direita, desprezam cidadãos não étnicos russos como os Sakha e pretendem tirar Putin do Kremlin para estabelecer um governo apenas de “verdadeiros russos”.
Outros são anarquistas de esquerda, ou então liberais ocidentais que querem ver uma Rússia pós-Putin integrado na União Europeia.
Sabem que é quase impossível derrubar Putin, sabem que correm grande risco de morte. Aliás, já hoje temem pela sua segurança e pela segurança dos familiares mais próximos.
Mas acreditam. E juntam-se. Não hesitam: a revolução violenta é justificada; mas não têm a certeza se a violência tem alguma probabilidade de sucesso, onde tudo o resto falhou.
Neste contexto aparece também Denis Sokolov, o principal recrutador da geração actual de revolucionários violentos russos.
Sokolov já acha que “não há futuro para a Rússia” desde que a URSS acabou. Continua na sua luta anti-Putin e conta que há empresários russos que estão a financiar os seus esforços; sem divulgar nomes.
Muitos russos ficaram “enojados” com o estado das coisas no seu país, especialmente desde que começou a guerra. E, nessa sequência, juntam-se às tropas ucranianas, na busca de uma nova “irmandade”.
Alguns, depois de uma vida inteira de desilusão em relação ao Kremlin, aderiram à rebelião armada.
E recrutar revolucionários tornou-se muito mais fácil do que nos tempos de Lenine. É a partir daí que Sokolov tem juntado cada vez mais pessoas, que passam por uma entrevista (ou um exame) antes de se juntarem ao exército “Conselho Cívico”. Quem passa pela entrevista junta-se ao lado ucraniano.
Os russos que lutam ao lado dos ucranianos não são propriamente a maior vantagem para Kiev – mas têm um grande valor simbólico interno.
Não está claro se Vladimir Putin se sente realmente ameaçado; ou se é apenas um embaraço, uma repreensão psicológica para o presidente da Rússia.
Mas os conspiradores não desistem e acreditam que serão cada vez mais, até um dia derrubarem o Governo. Mesmo sem saberem exactamente como ou quando.
Ammosov está convencido de que a sabotagem económica é a chave; outros acreditam que o seu exemplo, de resistência militante contra os soldados de Putin na Ucrânia, pode inspirar outros russos a virar-se contra o governante semelhante a um czar no Kremlin.
Mas seria preciso um grande e longo trabalho de organização, paciência. E sorte.
Cerca de 80% dos russos apoiam Putin. Seria mais provável um golpe de estado nos EUA do que na Rússia. Não seria altura de nos deixarmos de disparates só motivados por um ódio irracional à Rússia e aos russos? E agradeçam que seja Putin o presidente da Rússia. Com outro qualquer – género Medvedev – já a NATO tinha conseguido levar a Rússia a reações extremas que acabariam numa 3ª guerra mundial. Só a cabeça fria de Putin tem conseguido que a Rússia resista às provocações do Ocidente.
O habitual comunista. Pessoas como tu são o nojo de que Portugal NÃO necessita!
Nuno Cardoso Silva,
Incrível como consegue escrever tantos dispares, nota-se que é um caso que necessita de acompanhamento clinico especializado., o meu desejo de rápidas melhoras.
Luís,
Posso provar tudo o que disse. Mas o esforço só valeria a pena para quem tivesse a inteligência e a honestidade para aceitar a verdade. É só porque há muitos Luíses na Terra que a malevolência ocidental vai prevalecendo. Mas não por muito mais tempo…
Compete essencialmente ao Povo Russo , por fim a essa Ditadura , eliminando o Psicopata que nem para seu Povo é bom ! … A Solução tem que vir de dentro e não de fora , ao risco de uma guerra a larga escala ! . Estou convicto que o Povo Russo não deseja ser estigmatizado para futuro , como ainda é a Alemanha hoje com o regime Nazi que provocou uma 2ª guerra Mundial ! . Infelizmente , vermes dessa espécie poluem o nosso Planeta en vários Continentes e Países !
Os russos são um povo culto e civilizado. É estranho que sendo Putin tão mau, ainda tenha o apoio comprovado de cerca de 80% da população. Dizer que Putin é mau com base na propaganda ocidental não chega. É preciso provar isso, o que seria difícil. E se Putin nem sempre respeita os direitos humanos, não é nisso pior que a esmagadora maioria dos dirigentes ocidentais, nos EUA, no Reino Unido, na França, etc. A Rússia invadiu a Ucrânia? Pois… E os EUA não invadiram o Iraque com base numa mentira? E não mantêm ilegalmente tropas na Síria, contra o direito internacional e a vontade do governo sírio? Que pena as pessoas deixarem a sua inteligência ser subvertida pela propaganda mais tosca…
Sr. Nuno . Eleições en Países governados por Ditadores , não passam de uma farsa . Abra os olhos e constate o que é reservado a qualquer opositor , que manifeste ao preço da própria Vida ! Lembre-se a titulo de exemplo en Portugal , das Eleições de 1958 e do assassinato de Humberto Delgado por a P.I.D.E . Ditaduras e Fascismo , nunca mais !