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Uma “coisa estranha” ajudou a Feira do Livro do Porto

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Estela Silva / LUSA

Feira do Livro do Porto: Rui Moreira com a Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues

Mais de 220 mil visitas ao evento que terminou neste domingo, mais 18% do que no ano passado. Câmara “interpreta bem o que as pessoas querem”.

A edição de 2024 da Feira do Livro do Porto, que terminou no domingo, aumentou em 18% o número de visitantes. Em linha com o ocorrido em 2023, superou as 220 mil pessoas, anunciou a Câmara Municipal.

No total, e face aos 188.869 contabilizados em 2023, o número de visitantes cresceu para 222.958, assinalou a autarquia, que organiza o evento.

Em declarações à Lusa, o presidente da câmara, Rui Moreira, interpretou o facto de o certame continuar a aumentar de ano para ano o número de visitantes pelo facto de a autarquia “parecer saber interpretar o que as pessoas querem”.

Reportando-se aos números contabilizados, o autarca considerou que o aumento verificado “é muito impressionante na medida em que no ano passado o [crescimento] tinha sido muito bem-sucedido [20%]”.

“Fui lá umas seis ou sete vezes e percebi que as pessoas estavam satisfeitas. Acho que as acessibilidades dos “stands” foi uma coisa de que as pessoas gostaram muito. Bem sei que este ano não tivemos chuva, felizmente, o que é uma coisa estranha porque a feira do livro tem essa tradição“, relatou Rui Moreira. Este ano, o evento teve 130 “stands” de livreiros, alfarrabistas e editores nacionais e estrangeiros e centenas de atividades programadas.

Moreira prosseguiu: “Outra coisa que as pessoas gostaram muito foram as atividades para as crianças, ou seja, parece que conseguimos equilibrar a feira propriamente dita — em que o que queremos é que quem lá vá venda livros -, com as atividades culturais que depois desenvolvemos e as atividades para as crianças, que atraem um público muito importante”.

Enfatizando que “foi bom perceber” que “mais que uma feira do livro, o Porto tem um festival literário para todos os públicos”, o autarca afirma-se descansado quanto ao futuro da feira neste modelo, apesar de o seu mandato na autarquia terminar no final de 2025.

“No próximo ano, o modelo da feira do livro ainda será da minha responsabilidade, portanto será igual […], mas depois quem vier terá de decidir se continua a organizar sozinho ou com a APEL [Associação Portuguesa de Editores e Livreiros]. Aliás, temos tido conversas com os novos administradores da APEL, que veem interesse em reatar uma relação com a câmara que eles interromperam lá atrás”, revelou.

“O que me parece importante é que já se criou uma dinâmica em que ninguém vai permitir que não haja feira do livro e isso tranquiliza-me”, prosseguiu.

Sobre a existência de modelos alternativos, Rui Moreira não vê impedimento em que o certame volte a ter a APEL como parceira: “Não há nenhum problema”.

“Quem vier depois de mim terá um ano para pensar o que quer fazer e com certeza que fará as suas escolhas. Tenho a certeza que não fará igual, seria péssimo que fizesse igual, é bom que faça diferente porque a vida das cidades é feita dessas diferenças”, concluiu Rui Moreira.

O executivo liderado por Moreira (eleito pela primeira vez para o cargo em 2013) assumiu a organização da Feira do Livro do Porto em 2014, devido a um diferendo com a APEL quanto aos custos da iniciativa, levando à criação do modelo que se mantém até hoje.

// Lusa

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1 Comment

  1. O Executivo do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto» está a mentir, desde 2014 que a Feira do Livro do Porto perdeu a grande afluência que sempre teve por parte dos Portuenses, demais Portugueses, e Estrangeiros em visita à Cidade, fruto da mediocridade, decadência, e parolice, que passou a caracterizar este evento nos últimos 14 anos com a agravante de terem mudado estupidamente e contra a vontade dos Portuenses o local de realização da Feira do Livro do Porto que deve ser instalada ao longo da Avenida dos Aliados até à Praça da Liberdade.
    O tal aumento no número de visitas é artificial, não são os Portuenses ou demais Portugueses que lá vão ou contribuíram para isso, mas sim o esquema criminoso e ilegal criado pelo Executivo do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto» que consiste em angariar parolos e Estrangeiros para andarem a circular pelas ruas e despejá-los, por exemplo, na Feira do Livro.

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