Macaco escondia dinheiro numa jarra (e Sandra Madureira era a “contabilista”)

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Escutas telefónicas no âmbito do processo Pretoriano revelam mais detalhes sobre como os Madureira geriam o dinheiro que tinham escondido em casa.

As escutas feitas no âmbito da Operação Pretoriano e agora reveladas pelo Correio da Manhã revelam mais detalhes sobre como Fernando e Sandra Madureira geriam a fortuna que tinham escondida em casa.

As escutas telefónicas revelam que Sandra era quem controlava as finanças da casa. Conversas interceptadas mostram Fernando Madureira, conhecido como Macaco, a coordenar o pagamento de dívidas e a questionar a mulher sobre se “há dinheiro em casa a não ser o que ficou na saca amarela”, ao que Sandra responde que “há, no jarrão, mas não é para mexer” e que está destinado ao cofre.

Macaco terá ainda telefonado porque precisava de pagar umas “coisas” que estavam relacionadas com a tese de mestrado “que tinha mandado fazer”.

Numa outra conversa fica notório um desentendimento com Vítor ‘Catão’, outro arguido do processo, que parecia estar “alinhado” nos planos dos Madureira mas falava demais. “Ainda nos f****”, ouve-se na escuta.

A investigação arrancou após o ataque violento ocorrido em novembro durante a assembleia-geral, onde elementos da claque dos Super Dragões, incluindo Macaco, intimidaram e agrediram sócios do FC Porto que apoiavam André Villas-Boas. O líder da claque está a aguardar julgamento em prisão preventiva e, no total, Fernando e Sandra Madureira foram acusados de 31 crimes.

A motivação para a oposição da claque a Villas-Boas terá sido o receio do fim do esquema de venda de bilhetes no mercado negro, que será precisamente uma das fontes do dinheiro não declarado que os Madureira escondiam em casa. Recorde-se que o casal declarava menos de 2000 euros por mês às Finanças, mas foram apreendidos em sua casa três carros de alta cilindrada, droga e 50 mil euros que estavam num cofre.

Segundo o Ministério Público, este esquema tinha a conivência de altos dirigentes do FC Porto, que usavam os bilhetes como uma moeda de troca pelo apoio  à administração de Pinto da Costa. A acusação estima ainda que a venda de bilhetes renderia cerca de 1,5 milhões de euros por ano aos Super Dragões.

ZAP //

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