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“Moeda de troca” pelo apoio a Pinto da Costa: bilhetes rendiam 1,5 milhões por ano aos Madureira

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Super Dragões tinham call center com MB Way a partir do qual procediam à venda “altamente rentável” e ilegal dos ingressos. Filha do casal, futuro genro, a mãe e a avó da esposa de “Macaco Líder” foram constituídos arguidos.

Seriam quatro mil, segundo o protocolo que o FC Porto mantinha com os Super Dragões, os bilhetes que o clube fornecia aos sócios da principal claque dos azuis e brancos.

O preço de cada bilhete, a rondar os 15 euros, segundo o Correio da Manhã, dá um lucro de 120 mil euros por mês, assumindo que o Porto joga, em média, por mês, dois jogos em casa, no Estádio do Dragão.

A estas contas é preciso juntar ainda os jogos na estrada e os da Liga dos Campeões, em que o preço duplica (no mínimo): juntando tudo, são cerca de 1,5 milhões de lucro por ano na bilheteira clandestina.

O alvo da PSP neste domingo foi este esquema ilegal, que terá lesado o FC Porto em milhares de euros.

Em casa de Sandra Madureira, esposa do líder dos “Super” Fernando Madureira, foram apreendidos mil bilhetes para o jogo de domingo frente ao Boavista e 20 mil euros durante as buscas que atingiram a Porto Comercial, sociedade pertencente ao universo empresarial do FC Porto, e a Loja do Associado do clube, no âmbito da Operação Bilhete Dourado, que estará relacionada com a Operação Pretoriano, que começou por investigar os incidentes ocorridos na Assembleia Geral do FC Porto de 13 de novembro de 2024.

“Call center” recebia pagamentos por MB Way

Mas se Sandra foi mais uma vez um dos alvos, também a filha, Catarina, a mãe, Manuela, e até a sua avó Júlia foram constituídas arguidas. Jorge, noivo de Catarina, também foi visado. Seriam ‘depositários’ de dinheiro e bilhetes para jogos do FC Porto.

A filha do “Macaco” e a sua bisavó terão sido apanhadas nas câmaras de vigilância a negociar bilhetes. A claque tinha mesmo, segundo o JN, um call center que operava através de um grupo de WhatsApp para receber pedidos e orientar pagamentos através da plataforma MB Way.

Alípio Jorge Fernandes, ex-vice do FC Porto e atual membro do Conselho Consultivo, também foi um dos alvos. A cópia do acordo celebrado com Fernando Saul três dias antes das eleições, uma rescição amigável no valor de 193 mil euros, também foi apreendida ontem pela PSP.

“Moeda de troca” pelo apoio à direção

Nos mandados de busca entregues aos arguidos no momento das buscas deste domingo, o Ministério Público explicita que o FC Porto não só sabia do esquema fraudulento, como o apoiava e incentivava: servia como “moeda de troca” pelo apoio dado pela claque à direção de Pinto da Costa.

A SAD, que ainda está nas mãos de Pinto da Costa, ainda não se pronunciou sobre as buscas deste domingo.

Em causa estão os crimes de abuso de confiança qualificada, distribuição e venda de bilhetes e venda irregular de bilhetes, com suspeitas adicionais de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

ZAP //

10 Comments

  1. Se há provas que mulher e filha de Madureira continuaram “negocio” ilícito do Madureira, porque razão não estão ambas presas e julgadas???

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  2. Como assim? Então o menino aparecia de Porsche para declarar que ganhava o rendimento mínimo e os bazezas do tribunal acreditavam. Bem irem atrás desse parasita, mas também, porque não ir atrás dos órgãos da justiça envolvidos que compactuaram com estas atividades?

  3. Só falta investigar o grupo sem nome que apoia o 3ºclube.
    Logo se verá se é claque ou podem continuar a dizer que não recebem apoio oficial…

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  4. Totalmente de acordo com as investigações mas temos todos de ir para a pura Terra Santa Lisboeta, onde todos sao santos e os milagres (financeiros) são constantes.

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