Nesta “guerra do faz-de-conta” que chega do Kremlin, há confronto entre verdade e verdade alternativa. Revelações nas bancas.
Lemos sobre a guerra no terreno, guerra religiosa, guerra biológica, guerra de informação; sobre ideologia; espionagem e sabotagem ucraniana; colapsos; morte aos traidores; narrativas sobre pessoas.
O livro A Guerra da Ucrânia vista de Moscovo mostra as diferenças entre a “verdade” e as “verdades alternativas russas”.
Escrito por Carlos Brás, especialista em propaganda russa, e apresentado na semana passada, não é uma obra neutra, nem tenta ser equidistante de todas as posições. Reforça as diversas contradições russas, que num mundo de George Orwell poderia ser um Ministério da Verdade.
A obra mostra a “guerra do faz-de-conta” do ponto de vista do Kremlin, as manipulações e as ligações aos aspetos históricos e culturais, relacionadas com os objetivos russos.
O livro mostra que há duas verdades em confronto, desde a interpretação do passado e dos eventos atuais, às diferentes visões de cooperação, direito e ordem internacional.
“É necessário tratar a propaganda russa atual do mesmo modo que se encara a propaganda nazi ou soviética, sem pudor de despi-la dos seus mitos e símbolos nem receio de chamar falso ao que é falso“, avisa Carlos Brás, em comunicado enviado ao ZAP.
Muitas narrativas russas são “verdades alternativas”, notícias falsas que tornam cada vez mais difícil compreender quais as que refletem a realidade ou as que existem apenas para aumentar a desinformação.
A Guerra da Ucrânia vista de Moscovo analisa exaustivamente mais de 3.500 fontes russas, na sua maioria afetas ao Kremlin.
É um livro sobre a verdade e a liberdade nesta guerra, onde não há apenas dois exércitos em confronto, há também duas verdades que se opõem: a real e a alternativa.
Logo no preâmbulo, resume-se: “A propaganda russa conseguiu convencer grande parte do público russo que a guerra na Ucrânia era não só inevitável, mas também necessária”.
No fim, no epílogo, destacam-se dois “jogos perigosos”: apelar ao pacifismo e à não interferência para evitar a escalada de violência, esperando que Putin se contente com a Ucrânia; e escalar o apoio à Ucrânia – que pode levar à III Guerra Mundial.
No mesmo livro, lemos que a Rússia não teme uma possível III Guerra Mundial. Aliás, “parece mesmo que a deseja, embora não queira parecer a causadora”.
Não creio que o Povo Russo , partilhe a mesma ideia deste doente mental !
Se o povo russo não partilhasse, esse tipo há muito tempo que não estava no poder. É um povo que, por natureza, gosta de ser oprimido e governado por tiranos. Aguentaram durante séculos o cruel regime czarista e depois transitaram para o muito pior regime comunista, liderado por canalhas como Lenine, Stalin e Brejnev. Tiveram um bom homem a governá-los, Gorbachev, mas depois preferiram o bêbado e corrupto Ieltsin, que depois pôs no trono este canalha psicopata e criminoso, Putin. É um povo sado-masoquista e será sempre assim.
A única forma que conheço de lidar com bullies, é com dois murros na tromba, seguidos do que houver vontade, enquanto o bullie está ainda a tentar perceber o que se está a passar.
À muito que o Putin e a Rússia (mantendo-se o apoio do povo Russo a este Psicopata), merecem um bom par de murros na fuça.
Não percebo o porquê da demora.
Isto era muito fácil de se resolver: os exércitos deixarem de compactuar com os delírios destes maníacos. Querem guerra, vão para lá vocês. É tão fácil brincar ao mata-mata com os filhos dos outros.