Volt pede extinção do partido ADN por “perfilhar ideologia fascista”

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Volt Portugal / Facebook

Missiva enviada à Provedora da Justiça acusa ADN de fazer “referência ao Tarrafal como expoente do Estado Novo em Portugal” e de propagar um “discurso de ódio racial e desumanização de indivíduos”.

O Volt Portugal pediu esta segunda-feira à Provedoria de Justiça que avance com uma ação junto do Tribunal Constitucional para extinguir o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) por “perfilhar ideologia fascista” e solicitou uma providência cautelar sobre a subvenção deste partido.

“Venho requerer respeitosamente a abertura de um processo junto do Tribunal Constitucional para a extinção do partido ADN bem como a requisição de providência cautelar sobre a subvenção pública a que este partido ganhou acesso, bem como a admissibilidade de se apresentar a futuros atos eleitorais, entre eles as próximas eleições europeias, agendadas para o dia 9 de junho”, lê-se na missiva enviada à Provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, e assinada pelo copresidente do Volt Portugal Duarte Costa.

O também cabeça de lista pelo Volt às eleições europeias sustenta que existe uma “clara perfilhação de ideologia fascista” por parte do ADN, acusando o partido liderado por Bruno Fialho de fazer “referência ao Tarrafal como expoente do Estado Novo em Portugal” ou de propagar um “discurso de ódio racial e desumanização de indivíduos”.

Duarte Costa diz estar consciente da “complexidade da situação em apreço” mas manifesta preocupação com o financiamento partidário previsto para o ADN após o seu resultado nas eleições legislativas de março – 339 mil euros – bem como com a sua candidatura ao Parlamento Europeu, encabeçada por Joana Amaral Dias.

“Considerando que o efeito útil da declaração da sua ilegalidade e consequente extinção poderá produzir-se apenas após este financiamento ter sido tanto atribuído como também utilizado, assim como as Eleições Europeias terem já decorrido, instamos a douta Provedora a que considere a instauração de procedimento cautelar adequado sobre a subvenção pública destinada ao partido ADN assim como sobre a sua admissibilidade de concorrer às próximas Eleições Europeias”, lê-se na missiva.

Para o Volt Portugal, “a admissibilidade de concorrer a eleições assim como a concessão de financiamento público a um partido político cuja legalidade está sob escrutínio pode representar um apoio indireto a atividades que contrariam os princípios fundamentais da nossa democracia, refletidos nos importantes marcos legais supra mencionados”.

// Lusa

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2 Comments

  1. Artigo 46º da Constituição Portuguesa (ponto 4):
    “Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.”

    Cumpra-se a Constituição!

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  2. Para quem ouviu o tal podcast, a referência ao Tarrafal foi usado como figura de estilo para condenar os corruptos.
    Chama-se a isso um aproveitamento político invejoso por parte do partido queixinhas.

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