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Novas armas electromagnéticas chinesas cegam equipamento inimigo

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Nos últimos tempos, tem aumentado a quantidade de notícias na imprensa chinesa e estrangeira sobre os êxitos da China no desenvolvimento de armas EMP, baseadas no uso do efeito do pulso electromagnético. A China está a desafiar seriamente o avanço dos EUA no assunto.

Tendo em consideração a tendência geral do programa militar chinês, parece podermos supor que as armas EMP sejam uma das áreas prioritárias dos actuais projectos militares da China.

O pensamento militar chinês parte do princípio de que um provável confronto militar do futuro irá decorrer com grande recurso a tecnologias de informação.

Na perspectiva chinesa, o potencial adversário terá provavelmente, por um lado, supremacia informativa sobre o exército chinês – mas por outro lado, irá depender mais que os chineses das tecnologias de informação.

Os esforços da China visam sobretudo retirar ao inimigo essa supremacia informativa logo na fase inicial de um conflito. Para atingir esse objetivo, estão a desenvolver vários programas em larga escala e de grande orçamento

A China possui já o maior programa mundial de criação de armas anti-satélite.

Está também em desenvolvimento criação de capacidades técnicas para a execução de ataques informáticos contra redes informáticas inimigas.

E uma grande atenção está a ser dedicada ao aperfeiçoamento dos meios de guerra radio-eletrónica, no âmbito da qual o desenvolvimento de uma arma EMP será mais um elemento importante na guerra de informação.

Guerra electro-magnética

A Rússia está também a dedicar uma grande atenção ao desenvolvimento de armas EMP, mas a informação pública sobre o tema é escassa.

Segundo a Sputniknews, alguns meios de comunicação referiram o sistema Alabuta,  um gerador de pulsos eletromagnéticos transportado até ao alvo por um míssil.

Ao ser acionado sobre o alvo, a uma altitude de 300 metros, o Alabuta inutiliza todos os sistemas electrónicos num raio de 3,5 quilómetros.

No caso da China, é provável que os portadores dos geradores de pulsos eletro-magnéticos sejam igualmente mísseis balísticos de médio alcance.

A importância destes sistemas está a aumentar, agora que os elementos do sistema norte-americano de defesa anti-mísseis estão cada vez mais próximos das fronteiras chinesas.

Objectivos estratégicos

Os prováveis alvos prioritários das armas EMP serão os centros de comando dos sistemas de defesa antiaérea e antimísseis do Japão e de Taiwan.

A neutralização destes centros de comando permitiria ao exército chinês usar com máxima eficácia o seu considerável arsenal de mísseis balísticos e de cruzeiro, para atingir objectivos vitais da infra-estrutura de transportes, aeroportos e baterias antiaéreas.

O resultado pretendido é a conquista da supremacia aérea por parte dos chineses na fase inicial de um conflito, assim como  impedir a deslocação de forças militares adicionais dos EUA para a região do Pacífico ocidental.

No caso de a China vir a desenvolver sistemas funcionais de armas EMP, a capacidade de reacção rápida dos EUA a crises na Ásia Oriental será posta em questão.

Na prática, para manter as suas posições na região, os EUA teriam que aumentar consideravelmente a sua presença militar permanente e investir meios consideráveis na criação de uma infra-estrutura protegida, que possa garantir a eficiência de suas tropas.

Como os EUA mantêm já forças e recursos consideráveis na Europa Oriental e no Médio Oriente, Washington poderá ter dificuldades sérias para disponibilizar os meios necessários para suportar tal presença na Ásia também.

Sputnik

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