O tom e o conteúdo do presidente do Chega tornaram-se (ainda) mais radicais. Os números mais recentes devem causar preocupação.
André Ventura repetiu que há pessoas notáveis dentro do PSD que defendem que a AD deve formar uma coligação pós-eleitoral com o Chega, se os resultados o justificarem.
Quando falou sobre as “forças vivas” do PSD que apoiam esse cenário, o presidente do Chega desta vez citou nomes, na RTP: Ângelo Correia, Rui Gomes da Silva e Miguel Relvas.
Dos três, aparentemente só disse a verdade sobre um: Rui Gomes da Silva. Ângelo Correia e Miguel Relvas desmentiram rapidamente esse apoio.
Luís Montenegro não comenta este assunto: “Não participo no recreio”, repetiu o presidente do PSD, durante uma arruada em Aveiro.
Rui Rocha também foi questionado sobre estas declarações de Ventura e disse que o líder do Chega está desesperado: “Já estamos habituados a uma certa tentativa que parece, às vezes, desespero de trazer argumentos para o debate quando vê que as coisas não estão a correr bem”.
Números não agradam
O “desespero” deverá estar relacionado com as sondagens mais recentes.
André Ventura é o candidato a primeiro-ministro que mais tem falado sobre sondagens, ao longo desta campanha eleitoral.
Tem repetido os 20% que os inquéritos atribuem ao Chega e aponta mesmo ao primeiro lugar nas legislativas de domingo, agora reforçado por estes números.
Mas o cenário mudou, sobretudo depois dos debates na televisão.
Ao espreitar a retrospectiva constante que a revista Visão faz, reparamos que o Chega, ou não subiu, ou desceu mesmo nas sondagens mais recentes.
Por exemplo, nos números da Universidade Católica, o Chega aparecia com 19% no início de Fevereiro. No final de Fevereiro desceu para 17%.
Olhando sensivelmente para o mesmo intervalo, mas nas sondagens ICS/ISCTE, o Chega tinha 15% no primeiro dia de Fevereiro e 12% no último dia de Fevereiro.
Só nas sondagens da Aximage é que não houve descida, mantendo-se sempre na casa dos 16% desde o final de Janeiro.
Claro que não são descidas significativas; 2 pontos percentuais num caso, 3 pontos percentuais no outro.
Mas o que está em causa não são as descidas. O “desespero” de André Ventura será não ver o Chega acima dos 20% e “colado” ao PS e à AD. Ventura estaria genuinamente à espera de ver o seu partido perto da vitória. Ou, pelo menos, a subir constantemente nas sondagens de que tanto fala.
E, talvez por isso, esteja a trazer outros argumentos e outras expressões menos vulgares para a campanha: chamou “esqueletos” a Durão Barroso, Cavaco Silva e Santana Lopes, que “não valem nada para os portugueses”; alega que querem anular os votos no Chega; acha que Pedro Passos Coelho vai ser reforço do seu partido; avisa que o Chega foi recebido com tiros em Famalicão; e inundou os debates com ataques pessoais e “deixas de tasco”.
Tudo só nos últimos 15 dias. À medida que o ‘Dia D’ se aproxima.
Entao o Ventura esta em desespero…, deve ser por isso que os ataques contra o Ventura tem subido de tom, umas semanas atras o Ventura e o CHEGA eram ignorados pelos Jornais, agora que as sondagens lhe dao 17%, os Jornais ja nao ignoram o Ventura…, atacam o Ventura!!!!!
Vou fazer voto útil.
Voto Ventura!
Em 2019, ano de criação do partido, elegeu 1 deputado.
Muito desespero, mas não me parece que seja do CHEGA, se tiver 15% dos votos (36/38 deputados) vai ser o GRANDE derrotado da noite. É só rir…..
Toca a votar, até aos 18%, está nas nossas mãos…até as pernas tremem!
Ventura ignorado pelos jornais?! Caramba, todos os dias temos de o ver e ouvir, como é que isso é ignorar?
Acho que o partido se devia chamar CHEGA VENTURA UNIPESSOAL LDA.
Como é possível no seculo 21 prestarem vassalagem a um arruaceiro destes?
A sua democracia é algo do género “democraticamente, decidi por unanimidade”.
Voto util num inutil,
Ventura não é ignorado pelos mass media, mas é maltratado e achincalhado. Já os outros são porreiros pá!