Mais de cinco mil professores apresentaram baixa médica desde que as aulas começaram, há três semanas, segundo dados avançados, esta segunda-feira, pelo ministério da Educação.
Fonte do ministério revelou, à agência Lusa, que as escolas têm mais de cinco mil pedidos de substituição por baixa médica, desde a abertura do ano letivo.
Isto no dia em que o gabinete do Ministério da Educação inicia negociações com os sindicatos para apresentar um novo regime jurídico de habilitação profissional dos docentes, com o intuito de combater a falta de professores.
De acordo com a tutela, os casos acontecem um pouco por todo o país, notando-se uma ligeira incidência no norte.
Já a falta geral de professores, um dos maiores problemas com que lidam diariamente muitas escolas, nota-se mais na zona de Lisboa e no sul do país.
Fenprof tinha alertado
No inicio do ano, uma estimativa feita pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) apontava para cerca de 80 mil alunos sem professor a pelo menos uma disciplina, uma situação que a Fenprof alertava que iria agravar-se até ao final do ano devido aos casos de docentes com turmas atribuídas mas que se iriam reformar.
A Fenprof apontava que, entre setembro e dezembro de 2023, iriam reformar-se mais de mil professores, deixando milhares de alunos sem aulas, uma vez que muitas das vagas que vão sendo abertas pelas escolas não têm candidatos.
Esta segunda-feira, o Ministério da Educação avançou com uma ronda negocial para tornar a carreira docente mais atrativa, defendendo que os alunos de mestrado passem a realizar no segundo ano letivo estágios remunerados, que poderão chegar aos 1.600 euros brutos mensais: o equivalente a um professor no 1.º escalão.
As propostas apresentadas aos sindicatos contam também com um conjunto de medidas a pensar nos docentes com habilitação própria.
// Lusa