Marco Capitão Ferreira é suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio. As contas bancárias do ex-secretário de Estado estão agora a ser investigadas, para averiguar o que aconteceu aos 61 mil euros que recebeu do Ministério da Defesa, em apenas cinco dias, em março de 2019.
De acordo com o Correio da Manhã, as contas bancárias de Marco Capitão Ferreira estão a ser investigadas, no âmbito da operação “Tempestade Perfeita“.
Os 61 mil euros, em cincp dias, que o ex-secretário de Estado recebeu por alegados serviços de assessoria, em março de 2019, deixaram-no sob suspeita.
Os contratos alegadamente fictícios que Capitão Ferreira celebrou com a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN) eram relativos ao negócio da manutenção dos helicópteros EH-101, do Estado – utilizados em buscas, salvamentos, e evacuações médicas.
O Ministério Público imputa o crime de participação económica em negócio ao ex-governante e a Alberto Coelho – que autorizou e assinou o contrato em nome da DGRDN.
O objetivo desta diligência é verificar se Capitão Ferreira ficou com o dinheiro todo na sua conta, ou se parte desse dinheiro foi canalizado para eventual benefício de terceiros, ou ainda se terá feito eventuais levantamentos anormais de dinheiro.
Na última sexta-feira, o ex-governante foi constituído arguido e alvo de buscas, por suspeitas de corrupção e participação económica em negócio, num processo que também levou a Polícia Judiciária (PJ) a fazer buscas no Ministério da Defesa.
O contrato tinha um prazo de 60 dias, mas Capitão Ferreira terá feito o trabalho todo em cinco dias, tendo ganho, então, uma média de 12 300 euros por dia.
As autoridades consideram que análise dos dados bancários é fundamental, para esclarecer as circunstâncias em que o ex-secretário de Estado celebrou aquele contrato, bem como o destino do dinheiro.