Especialistas em aviação revelaram esta quinta-feira que o piloto do Airbus A320-200 da AirAsia que desapareceu este domingo poderá ter tentado fazer uma manobra de emergência antes de a aeronave se despenhar.
Segundo os peritos, a ausência de qualquer transmissão de emergência do comandante Irianto poderá significar que o experiente piloto fez uma aterragem de emergência no mar.
Os dados sugerem que o comandante poderá ter mesmo conseguido uma aterragem perfeita no mar de Java, na área onde os destroços do aparelho e corpos foram encontrados, antes de o aparelho ser submergido pela alta ondulação e se afundar.
Segundo Dudi Sudibyo, editor da revista indonésia de aviação Angkasa, citado pelo Mirror, o trasmissor de localização de urgência deveria ter funcionado em caso de impacto, independentemente do tipo de superfície em que tivesse ocorrido.
A única razão para que o mecanismo não tenha sido accionado é que o choque não tenha sido suficientemente violento, diz o perito.
“Isso significa que o piloto conseguiu pousar na superfície da água”, garante Sudibyo.
Em entrevista à AFP, o ex-piloto Chappy Hakim é de opinião que “o avião não explodiu e não foi vítima de um forte impacto, porque, neste caso, os corpos não estariam intactos”.
A hipótese de aterragem suave na água é reforçada por mais três indícios.
Em primeiro lugar, a silhueta da aeronave, tal como se consegue ver a partir do ar, parece indicar que o aparelho se encontra intacto no fundo do mar.
Além disso, dos corpos de passageiros já recuperados, um trazia vestido o colete salva-vidas.
Finalmente, entre os destroços do avião encontrados, está a porta de emergência.
Para muitos especialistas, estes dados significam que alguns dos passageiros poderão ter tentado sair do avião.
O antigo ministro indonésio dos Transportes, Jusman Syafii Djamal, está convencido de que a descoberta da porta da saída de emergência significa que “alguém a abriu”.
Para Djamal, alguns passageiros podem ter conseguido insuflar o colete salva-vidas antes de serem atingidos pelas ondas de uma tempestade que havia na região. “As ondas podem ter afundado o avião”, acredita Djamal.
As causas do acidente e a razão pela qual o mecanismo de localização não funcionou só serão esclarecidas quando as caixas-pretas forem encontradas.
Mas por enquanto, estes detalhes têm levado os familiares das vítimas a preparar-se para o pior, enquanto se agarram a uma réstia de esperança de que haja sobreviventes.
ZAP
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Como “aterrar” no mar, se é água e não terra, “amarar é o termo correto”, porque não aprender o português antes de publicar as noticias.
Caro Teo, tem toda a razão.
Mas no tema “aviação” tomamos a liberdade no ZAP de “escrever mal, sabendo o que estaria certo”. Por opção, usamos aterragem em vez de amaragem e descolagem em vez de decolagem.
Por favor dizer ATERRAR no mar não é correto, AMARAR é o termo correto”, são estes jornalistas que criticam os outros dizendo que tiram os cursos aos domingos
Cara Carla,
Os jornalistas não criticam, dão notícias. O papel de criticar cabe aos críticos, aos comentadores e em última instância aos cidadãos.
Os jornalistas não criticam? estão a falar de que país? Basta ler os artigos de opinião nos jornais e revistas e ouvi-los em todos os canais da TV.
Parece existir aqui algumas semelhanças com o A330 da Air France que também caiu no mar em Junho de 2009. As causas foram então atribuídas a falhas do equipamento, nomeadamente dos “pitots” obstruídos pelo mau tempo, que passaram a informar erradamente o sistema electronico de bordo, e consequentemente a erros de avaliação dos pilotos. Quando encontrarem a caixa preta, e eventualmente se confirmar esta versão, seria mais que oportuno a Airbus alterar alguns detalhes técnicos neste tipo de aeronaves.
ATERRAR vs AMARAR. Bem, neste país “tão culto” será mesmo preferível escrever ATERRAR (não estamos aqui propriamente a tratar de termos futebolísticos/jogo da bola onde neste país a elevada cultura impera) e assim todos ficaremos a “ficcionar” quais seriam então as intenções do piloto. CERTO!?
Certo, ROM.
Tentamos escrever bem e limpinho, mas sem grandes triangulações junto à linha divisória do terreno de jogo.
Infelizmente este é o país em que vivemos, onde jornalistas preferem escrever errado devido à ignorância dos leitores. Tal decisão deve-se apenas a uma desculpa de quem não admite o erro, ou então tratam os seus leitores como autênticos analfabetos ignorantes.
Estes são os mesmos jornalistas que chamam “avioneta” a qualquer avião menor do que um Airbus ou Boeing…
Relativamente a resposta dada mais acima (“Mas no tema “aviação” tomamos a liberdade no ZAP de “escrever mal, sabendo o que estaria certo”. Por opção, usamos aterragem em vez de amaragem e descolagem em vez de decolagem.”) , por eu ser analfabeto e ignorante (leia-se “leitor”) não percebi muito bem onde queriam chegar com a analogia entre “decolagem” e “descolagem”, pois se “decolagem” está para o Brasil como “descolagem” está para Portugal, pousar na àgua chama-se AMARAR seja no Brasil ou em Portugal!
O ignorante analfabeto,
“Leitor”
Caro Leitor,
Interpretou mal as nossas motivações.
Há muito tempo que aprendemos a nunca subestimar a inteligência dos nossos leitores, que muito nos orgulha que não poucas vezes saibam mais que nós. E dos quais humildemente aceitamos críticas e correcções.
E precisamente por isso, não somos fundamentalistas, não nos preocupamos em traduzir todas e mais algumas expressões, usamos livremente estrangeirismos e neologismos, deitamos fora aspas e plicas desnecessárias. E tentamos escrever simples, apenas isso.
E isto dito, sim, caro Leitor, tem razão, o nosso comentário é apesar de tudo um pouco despropositado. Obrigado pelo seu reparo. Já tivemos melhores momentos.
Os primeiros corpos foram encontrados em roupa interior, mais um sinal que a aterragem/amaragem fosse bem sucedida. As autópsias também podem esclarecer se a morte ocorreu por afogamento ou por lesões do impacto.
Sou eu que estou a pensar mal, ou o conceito de Terra é mais abrangente do que apenas a parte sólida do planeta? Os oceanos fazem parte da terra, certo? Será que chegar à Terra não poderá, sem grande problema ser chamado aterrar?
Não há qualquer desculpa para o erro que cometeram ao escrever “aterrar no mar”. Não sabem e ponto final.