O líder parlamentar do PS assinalou hoje que os novos apoios sociais e às empresas projetados pelo Governo para setembro vão responder ao impacto resultante do aumento das taxas de juros, especialmente nos créditos à habitação.
Esta posição foi transmitida por Eurico Brilhante Dias em conferência de imprensa no final da reunião do Grupo Parlamentar do PS, depois de ser confrontado com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de aumentar em 50 pontos base as suas três taxas de juro diretoras – a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.
Perante os jornalistas, Eurico Brilhante Dias começou por distinguir as taxas de referência do BCE e as taxas Euribor formadas no mercado interbancário, que estão diretamente relacionadas, por exemplos, com os créditos à habitação.
“É preciso dizer que algum desse movimento de aumento das taxas de referência por parte do BCE já foi acomodado pelas próprias taxas interbancárias. Por isso, não é esperável um efeito mecânico entre o aumento das taxas de referência do BCE e um efeito na prestação da casa das pessoas”, sustentou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.
Para Eurico Brilhante Dias, as taxas de juros dos créditos à habitação têm vindo a aumentar, embora “para valores ainda particularmente baixos quando se compara com o histórico”.
“Mas isso vai ter um efeito na bolsa dos portugueses, e terá muito provavelmente já no segundo semestre. Esse maior efeito já no segundo semestre vai ocorrer praticamente em simultâneo com o conjunto de medidas que o Governo vai apresentar em setembro”, referiu.
Nesse sentido, o líder da bancada socialista considerou que “o Governo está muito atento ao processo inflacionista, que neste caso terá também no crédito à habitação algum impacto”.
Em relação às novas medidas de apoio às famílias para fazer face à inflação, as quais o primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quarta-feira que serão tomadas em setembro, o líder parlamentar do PS referiu que, do ponto de vista orçamental, a sua bancada terá quatro prioridades: Justiça fiscal e combate à evasão fiscal; apoio os mais jovens e classe média; estímulo ao desenvolvimento empresarial; e pacote mais centrado nas políticas sociais e de coesão territorial.
“São quatro áreas que foram muito importantes no Orçamento do Estado para 2022. Não é esperado que o PS apresente grandes alterações orçamentais, mas queremos deixar a nossa marca. Estas são as nossas quatro áreas prioritárias e a sinalização que vamos fazendo tem a ver com a marca política de uma força política orientada pelo socialismo, pela social-democracia, empenhado na justiça fiscal, social e territorial”, acrescentou.
// Lusa
Este Eurico Dias é das coisas mais ridículas que tem a política. O contorcionismo que este gajo faz no Parlamento para agradecer a Costa o ter permitido que um Segurista ainda ficasse por lá. Por vezes dá dó ouvir as patetices deste sórdido bajulador.