Papa mostra-se solidário com Sri Lanka e pede fim à “loucura da guerra” na Ucrânia

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catholicism / Flickr

O papa Francisco

O Papa Francisco “une-se à dor do povo do Sri Lanka” e apela a “Deus para mostrar o caminho para pôr fim à loucura da guerra”. A visita à Ucrânia está nos seus planos e acredita que pode ser positivo.

O Papa Francisco expressou este domingo a sua solidariedade para com o povo do Sri Lanka, que se revoltou contra a crise económica e provocou uma agitação civil que ditou o afastamento do Presidente da República e do primeiro-ministro.

“Uno-me à dor do povo do Sri Lanka, que continua a sofrer os efeitos da instabilidade política e económica”, declarou o líder da Igreja Católica.

“Juntamente com os bispos do país, renovo o meu apelo à paz e imploro aos responsáveis que não ignorem o grito dos pobres e as necessidades do povo”, acrescentou ainda, após a oração dominical do Angelus.

A revolta popular no Sri Lanka provocou a fuga de Gotabaya Rajapaksa, o presidente do país asiático, antes de o seu palácio em Colombo ter sido invadido por manifestantes. Rajapaksa anunciou que se irá demitir na quarta-feira, enquanto o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, já apresentou a demissão e viu a sua residência privada ser incendiada.

O país está a sofrer uma das piores crises económicas desde 1948, devido ao declínio das reservas em moeda estrangeira e de uma elevada dívida externa.

O papa apelou ainda a Deus, “para mostrar o caminho para pôr fim à loucura da guerra” na Ucrânia, tendo renovado a sua proximidade em relação ao povo ucraniano “diariamente atormentado pelos ataques brutais“.

Francisco disse rezar “por todas as famílias, especialmente pelas vítimas, os feridos, os doentes, os idosos e as crianças”.

O secretário para as relações com os Estados, o arcebispo Paul Richard Gallagher, já admitiu a possibilidade de o Papa Francisco poder viajar até à Ucrânia em agosto, dependendo de como se sente no seu regresso do Canadá, onde estará na última semana de julho.

Em entrevista à televisão pública italiana RAI, o representante da Santa Sé para as relações externas assegurou que o Papa “está muito convencido de que se pudesse fazer esta visita poderia ter resultados positivos”.

O representante não deixar de notar que o Papa sempre demonstrou “a sua vontade de ir à Ucrânia e a Moscovo para se encontrar com as autoridades russas“.

O sumo pontífice manifestou também o seu desejo de que sejam encontradas “soluções convincentes” para a situação atual na Líbia, com o apoio da comunidade internacional. “O povo da Líbia e em particular os jovens e todos aqueles que sofrem devido aos graves problemas sociais e económicos do país”, recorda.

Na passada quinta-feira, as duas instituições líbias rivais, reunidas em Genebra sob os auspícios das Nações Unidas (ONU), não conseguiram concluir um acordo para a realização de eleições, devido a divergências sobre a elegibilidade dos candidatos.

ZAP // Lusa

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