Procuradores franceses investigam a ministra-adjunta no governo do Presidente Emmanuel Macron, depois de duas alegações de violação.
As alegadas violações ocorreram quando Chrysoula Zacharopoulou — agora secretária de Estado para o Desenvolvimento, Francofonia e Parcerias Internacionais — ainda trabalhava como ginecologista, de acordo com a revista francesa Marianne.
Uma queixa foi apresentada a 25 de maio e a investigação foi aberta dois dias mais tarde, inidcaram os procuradores. A segunda queixa foi apresentada a 16 de junho. Ambos alegam que as agressões ocorreram no contexto de cuidados médicos.
Zacharopoulou, de 46 anos, nascida na Grécia, juntou-se ao governo da primeira-ministra Elisabeth Borne em maio, tendo sido membro do Parlamento Europeu durante os três anos anteriores.
Em meados de 2010 fez uma campanha para uma maior sensibilização do público para a endometriose, juntamente com a atriz Julie Gayet, que este ano casou com o ex-presidente francês François Hollande. Zacharopoulou também escreveu um relatório sobre a doença para o governo francês.
A ministra esteve envolvida no esforço de lançamento da vacina contra o coronavírus COVAX da ONU, e pronunciou-se a favor dos direitos reprodutivos das mulheres.
Foi ainda membro da comissão dos direitos da mulher do Parlamento Europeu, durante a sua estadia no Parlamento Europeu.
Zacharopoulou estudou medicina em Itália antes de se mudar para França e exercer no hospital militar Begin, perto de Paris. Deppis, passou a trabalhar no serviço hospitalar de Paris AP-HP — que afirma não ter conhecimento de quaisquer queixas.
As acusações contra Zacharopoulou não são as primeiras alegações de violação a fazer sombra ao governo de Macron e surgem num momento de dificuldades políticas para o Presidente, depois de não ter conseguido manter uma maioria absoluta nas eleições parlamentares.
Os procuradores investigaram o Ministro do Interior Gerald Darmanin relativamente a uma acusação de violação apresentada em 2017. Negou qualquer infração e os procuradores pediram que o caso fosse arquivado em janeiro.
O Ministro das Solidariedades Damien Abad foi também alvo de alegações de violação numa controvérsia que eclodiu no mês passado, mas os procuradores franceses afirmaram que não abriram uma investigação.