André Costa Jorge, coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados, assegura que as instituições portuguesas estão prontas para apoiar refugiados ucranianos. Mas, para já, é tempo de a diplomacia evitar um conflito.
Portugal está preparado para receber uma eventual vaga de refugiados de um possível conflito na Ucrânia. A garantia é dada pelo coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), André Costa Jorge, à Renascença.
“Há competências e capacidade, por exemplo, para a tradução e serviço de interpretação na integração desta população, coisa que não tinha, por exemplo, quando acolhemos população vinda da Síria ou, até, agora, nos últimos meses, quando recebemos população do Afeganistão”, afirma.
O facto de existir uma comunidade ucraniana bem implantada em Portugal, desde a década de 90 do século passado, é uma vantagem para a integração de uma eventual vaga de refugiados.
“Temos estado em contacto com outras organizações no Serviço Jesuíta aos Refugiados, no sentido de nos prepararmos para a eventualidade de haver a necessidade de uma resposta humanitária. No caso de haver, todos temos de nos preparar para, em muito pouco, dar a resposta de proteção, sobretudo às vítimas civis”, acrescenta ainda o responsável.
Ainda assim, André Costa Jorge considera prematuro falar neste assunto quando esta tensão diplomática pode ainda ser resolvida por via negocial.
A prioridade continua a ser a assistência aos afegãos que o país acolheu. “A situação no Afeganistão continua grave e a agravar-se. E há a necessidade de continuar a manter a resposta de acolhimento a pessoas do Afeganistão.”