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Conselho de Ministros acabou em silêncio. Governo só fala esta terça-feira, no Parlamento

Mário Cruz / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

Conselho de Ministros extraordinário convocado por António Costa após ser conhecido o sentido de voto do PCP relativamente ao Orçamento do Estado para 2022 durou mais de duas horas, mas terminou sem declarações oficiais.

O primeiro-ministro afirmou que a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que durou até perto da meia-noite desta segunda-feira, se destinou a avaliar a situação política na véspera do debate orçamental no Parlamento.

“Foi um Conselho de Ministros de avaliação da situação política e amanhã [esta terça-feira] falaremos na Assembleia da República”, declarou António Costa, numa alusão ao debate da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022, que tem início esta terça-feira à tarde e que será votada na quarta-feira.

Depois de pouco mais de duas horas de reunião, que teve início na segunda-feira à noite, nenhum outro membro do Governo prestou declarações à imprensa, sendo que também não está previsto qualquer comunicado sobre os resultados da reunião.

Este Conselho de Ministros foi convocado de forma extraordinária ao início da tarde de segunda-feira, após Bloco de Esquerda (no domingo) e o PCP terem comunicado os seus sentidos de voto para Orçamento do Estado na generalidade, na quarta-feira, — ambos contra.

Segundo o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, a reunião serviu para avaliar a situação em que o executivo minoritário socialista se encontra do ponto de vista político e a preparação do debate da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022”.

“Vamos fazer uma avaliação das posições que vamos assumir nos próximos dias, designadamente nos possíveis quadros que termos do ponto de vista de análise”, referiu Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa realizada no Parlamento a meio da tarde de segunda-feira.

Nessa mesma conferência de imprensa, Duarte Cordeiro afirmou que o Governo tem disponibilidade para continuar a negociar o Orçamento, mas defendeu que não podem ser criadas “ilusões”, já que foram anunciados votos contra logo na generalidade por parte do Bloco de Esquerda, PCP e, depois, também pelo PEV.

LUSA //

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