João Leão vai entregar esta segunda-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2022. O governante é tratado por MEO – Ministro de Estado e do Orçamento – nos corredores dos ministérios.
O ministro de Estado e das Finanças é tratado nos corredores dos ministérios por MEO – Ministro de Estado e do Orçamento. Segundo o Expresso, a denominação deve-se à “obsessão” de João Leão pelas contas.
Quando era um dos braços direitos de Mário Centeno no Governo, Leão já era conhecido pelo seu trabalho minucioso. Agora, e desde que assumiu a pasta das Finanças, as suas características evidenciaram-se. E resumem-se ao Orçamento do Estado.
O semanário escreve que, enquanto se centra na gestão das contas públicas, Leão deixa outros dossiês a marinar. É o caso do supervisor europeu do mercado de capitais, a ESMA.
O ministro era responsável europeu pelo Conselho de Ministros das Finanças aquando da presidência portuguesa da União Europeia e tinha de agilizar a nomeação do futuro presidente até abril. A lista final com os três nomes estava pronta desde novembro e ficou sem resolução – a situação resolveu-se sob o comando da presidência eslovena.
Dossiês como as moratórias e garantias a empresas, que poderão vir a custar milhões aos cofres públicos, tiveram como grande rosto Siza Vieira. Já a TAP foi nacionalizada, com Pedro Nuno Santos a dar a cara pelas opções.
Aliás, há duas semanas, o ministro das Infraestruturas criticou a demora na aprovação do plano de atividade, do orçamento e da espera de meses por autorizações.
Os atrasos também têm sido sistemáticos no mundo da supervisão financeira. O Expresso dá o exemplo de Hélder Rosalino, que só agora foi reconduzido como administrador do Banco de Portugal, dois anos depois de ter terminado o mandato.
Já na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Gabriela Figueiredo Dias terminou o mandato em junho e só agora se iniciou o processo de substituição, faltando preencher dois outros cargos da administração. Na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, o vice-presidente, Filipe Serrano, está fora do mandato desde o fim de 2017.
Também houve atrasos na escolha de novos nomes para a administração da Caixa Geral de Depósitos, o que faz com que o BCE ainda não tenha dado luz verde à nova equipa de Paulo Macedo.
Nas questões orçamentais, também a presidente do Conselho de Finanças Públicas, Nazaré Cabral, critica João Leão. A responsável disse que é “bizarro” e “não é normal” não haver um decreto-lei de execução orçamental desde 2019.
A proposta de Orçamento do Estado para 2022 será entregue pelo ministro de Estado e das Finanças na Assembleia da República, esta segunda-feira, sendo debatida na generalidade nos dias 26 e 27 deste mês.
Este ministro não é minucioso, o que é , é um “martelador” que anda a “martelar” este orçamento por todos os “cantas e esquinas” para poder ter algo que “manhosamente” possa se parecer com um orçamento “aceitável”.
Se fizessem as contas de forma como deveria ser, era mais mais fácil e direto, pois, infelizmente, a cada vez menos dinheiro para gerir e mais dívida para pagar!