Comício da candidatura à presidência da Câmara Municipal de Lisboa pela Coligação Novos Tempos, Carlos Moedas
Freguesia a freguesia, eis como Fernando Medina e Carlos Moedas estão a disputar a eleição para a Câmara de Lisboa. As sondagens dão um empate técnico e a Iniciativa Liberal já manifestou que está disponível para dar a mão a Moedas.
A contagem dos votos por freguesias prossegue em Lisboa e na sede de campanha de Carlos Moedas, a vitória na freguesia de Arroios foi muito celebrada.
Entretanto, o PSD terá também ganho nas freguesias de Alvalade, Parque das Nações, Avenidas Novas, Santo António e Lumiar que é a freguesia mais populosa de Lisboa.
O PS, por seu lado, terá conquistado as freguesias de Campolide, Marvila e Benfica.
Mas as projecções quanto ao vencedor da autarquia da capital estão divididas e o suspense vai manter-se até ao fim.
A projecção da Universidade Católica para a RTP dá a vitória a Carlos Moedas, com 32% a 36% da votação, com Medina a reunir entre 31% a 35%.
Os resultados da Pitagórica para a TVI apontam uma vitória de Medina com entre 32,6% e 38,6% dos votos, com Moedas a somar entre 29,3% a 35,5%.
Já a projecção do ISCTE para a SIC dá também a vitória a Medina com entre 31,3% a 36,3% dos votos, com Moedas a recolher entre 30,2% a 35,2%.
IL disponível para “apoiar soluções”, mas não com o PS
Ainda sem resultados finais e com as contas muito próximas, o porta-voz do Iniciativa Liberal (IL), Rodrigo Saraiva, já veio dizer que este partido está disponível para dar uma mão a Moedas, abrindo a porta a uma possível geringonça de direita em Lisboa.
O presidente do IL, João Cotrim de Figueiredo, também admitiu, no Porto, que o seu partido está aberto a “apoiar soluções” favoráveis aos lisboetas, mas não com o PS.
“Aquilo que conseguiremos fazer com esses votos será no sentido de melhorar a vida dos lisboetas, não com alianças com o PS, mas apoiando propostas que a IL fez durante a campanha eleitoral”, afirmou Cotrim de Figueiredo à chegada à sede da campanha do movimento independente de Rui Moreira.
O líder do IL salientou ainda que “o resultado de Fernando Medina fica aquém de tudo que se previa em termos de sondagens”, mas afirmou que “é muito cedo para saber ao certo o que é que isso quer dizer”.
“Vai ser uma noite longa, mas cá estaremos para assumir os resultados quando começarem a surgir”, destacou já o director de campanha de Moedas, Ricardo Mexia, em declarações à TSF.
Bloco quer “continuar a ser solução” em Lisboa
Contudo, nesta altura, com a contagem dos votos tão renhida, a possibilidade de Medina fazer alguma coligação para governar, por exemplo com a CDU e o Bloco de Esquerda, está também em cima da mesa.
A líder bloquista, Catarina Martins, já veio abrir a porta a uma possível aliança com Medina, salientando que o seu partido “tem disponibilidade para continuar a ser uma solução”.
Catarina Martins recusou quaisquer entendimentos com Moedas. “Não negociamos com a direita, e quando negociamos é em nome da vida concreta das pessoas”.
