A promessa foi feita pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, numa declaração à nação a partir da Casa Branca: “Não perdoamos, não esquecemos, vamos perseguir-vos e fazer-vos pagar”.
Num discurso transmitido ao final da tarde em Washington, Joe Biden reagiu aos ataques desta quinta-feira, perto do aeroporto de Cabul, e prometeu: “Não perdoamos, não esquecemos, vamos perseguir-vos e fazer-vos pagar”.
“Aqueles que deram as suas vidas são heróis, heróis que estiveram envolvidos de forma altruísta em missões perigosas destinadas a salvar vidas alheias”, disse o Presidente que, antes de começar a responder às perguntas dos jornalistas, fez um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos atentados bombistas.
“Vamos responder com força e precisão a seu tempo, num lugar escolhido por nós e da forma que nós escolhermos”, garantiu Joe Biden, citado pelo Expresso, revelando ter dado ordens aos comandantes militares para desenvolverem planos de ataque a ativos, lideranças e instalações do Daesh-K.
“Estes terroristas do Daesh não vencerão, resgataremos os americanos, retiraremos os nossos aliados do Afeganistão e a nossa missão vai continuar”, acrescentou.
Apesar de ter assumido “a responsabilidade por tudo o que aconteceu”, Biden sublinhou que um antigo Presidente dos Estados Unidos é que andava a colaborar com os terroristas, numa referência a Donald Trump.
Mesmo depois do que aconteceu esta quinta-feira, o governante mantém a decisão de retirar as tropas do Afeganistão. “Minhas senhoras e meus senhores, já era tempo de terminar uma guerra que durava há 20 anos.”
O Presidente assinalou ainda que, nas últimas 12 horas, cerca de 7 mil pessoas saíram do país, das quais 5 mil são norte-americanos, num total de 104 mil desde o início da crise, em meados de agosto.
Questionado pelos jornalistas sobre as dificuldades que os norte-americanos e os aliados afegãos têm tido para conseguir sair do país, Biden admitiu que nem todos vão conseguir sair.
“Não há nenhum conflito em que, quando uma guerra acaba, um lado possa garantir que todos os que queriam sair conseguiram, há milhões de afegãos que não são talibãs e cooperaram connosco que se tivesse uma oportunidade para virem para os EUA, viriam amanhã mesmo; não se pode garantir que vamos tirar todos porque é preciso determinar quem e quantos são”, afirmou, citado pelo Jornal de Notícias.
O autoproclamado Estado Islâmico reivindicou os ataques desta quinta-feira. Segundo a televisão local Tolo, citada pela agência EFE, pelo menos 95 pessoas morreram e mais 150 ficaram feridas no duplo atentado do EI em Cabul.
“95 pessoas morreram, no mínimo. E pelo menos 150 pessoas ficaram feridas”, disseram várias fontes dos talibãs e fontes hospitalares ao canal.
“Ataques cobardes e desumanos”
Os talibãs condenaram o ataque junto do aeroporto de Cabul, lembrando que o atentado ocorreu numa área controlada pelas forças militares dos Estados Unidos.
O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, disse que o seu grupo “condena veementemente” o ataque e disse que o Emirado Islâmico está a prestar “muita atenção à segurança e proteção do seu povo”. O porta-voz dos talibãs prometeu ainda que os autores do ataque “serão severamente dissuadidos“.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também condenou esta quinta-feira os “ataques cobardes e desumanos” junto ao aeroporto de Cabul.
“Condeno veementemente os ataques cobardes e desumanos ao aeroporto de Cabul”, escreveu no Twitter.
I strongly condemn the cowardly and inhuman attacks on Kabul airport. It is essential to do everything to ensure the safety of people at the airport.
The international community must work closely together to avoid a resurgence of terrorism in Afghanistan and beyond.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 26, 2021
Vincando ser “essencial fazer tudo o que estiver ao alcance para garantir a segurança das pessoas no aeroporto”, a líder do executivo comunitário defendeu que “a comunidade internacional deve trabalhar em estreita colaboração para evitar um ressurgimento do terrorismo no Afeganistão e não só”.
Também o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, disse condenar “veementemente” aquele que classificou como “horrível ataque terrorista” junto ao aeroporto de Cabul, no Afeganistão, defendendo uma rápida e segura retirada de civis.
“Condeno veementemente o horrível ataque terrorista fora do aeroporto de Cabul”, escreveu Jens Stoltenberg, numa reação publicada no Twitter. Após a explosão, a prioridade da NATO “continua a ser retirar o maior número possível de pessoas para um local seguro o mais rapidamente possível”, vincou o responsável.
I strongly condemn the horrific terrorist attack outside #Kabul airport. My thoughts are with all those affected and their loved ones. Our priority remains to evacuate as many people to safety as quickly as possible.
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) August 26, 2021
“Os meus pensamentos estão com todos os afetados e os seus entes queridos”, disse ainda Jens Stoltenberg.
Liliana Malainho, ZAP // Lusa
Este Joe Biden não tem vergonha…”assume a responsabilidade” do que fez…acusa os outros daquilo que ele próprio faz…
Sim? Quem assinou o acordo. Se a trampa tivesse ganho já teriam vindo embora em maio!
Suposições suas…
Estiveram lá 20 anos e só agora é que acordaram?
Depois de 20 anos nesta guerra e de muitos outros noutras guerras, já era tempo de terem adquirido mais experiência, sobretudo na forma de compreender outras culturas, o mais escandaloso é que passado todo este tempo deixaram um país entregue a um exército de papel sem se terem apercebido de com quem lidavam, terem abandonado na altura devida teria sido a boa solução e teriam evitado a perda de muitas vidas de soldados seus.
Estou emocionado com a frontalidade do “Bidé”… entrega o PÔVO AFEGÃO aos terroristas da Al Qaeda, digo, talibãs, para a China e a Rússia extorquirem o minério precioso. Provavelmente, esse minério não interessa aos USA.
Para complementar, respeita a democracia e a cultura dos talibãs, isto é, o trânsito de ópio (heroina) será livre e a China alarga sua influência (fronteiras).
Ameaça quem? Onde está a coragem. O outro é que era “louco”… kkkkkkkkkkkk