Autarquia de Viana do Castelo tem como prioridade a preservação dos 280 postos de trabalho. Apesar da satisfação com o número de interessados, avança que ainda não é possível confirmar a “viabilidade” propostas.
Apesar da situação conturbada que a Dielmar vive atualmente, esta não é suficiente para dissuadir os interessados na sua compra, os quais podem ser cinco, segundo avançou ao Eco o autarca de Viana do Castelo, que se tem mostrado confiante na viabilização da companhia que emprega atualmente quase três centenas de pessoas.
“Existem cinco manifestações de interesse em adquiri a Dielmar”, afirmou fonte da autarquia que também avançou que todos os contactos que lhe chegaram foram posteriormente endereçados para o administrador de insolvência e para o Ministério da Economia. O presidente da autarquia, José Alves, afirmou que “está em contacto regular com o gestor do processo de forma a acompanhar todo o processo“.
Apesar das manifestações de interesse, a Câmara Municipal de Viana do Castelo ressalva que ainda não é possível apurar a “viabilidade” destes cinco possíveis compradores, já que o cenário é ainda de incerteza.
Há uma semana, o gestor de insolvência João Francisco Batista de Maurício adiantou ao mesmo jornal que existiam “três potenciais interessados em comprar a empresa”, entre eles um escritório de advogados e duas pessoas singulares, com o presidente da Câmara a acreditar que iriam “chegar mais propostas nas próximas semanas“.
Depois de um plenário com os trabalhadores realizado na última sexta-feira, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa também afirmou ao Eco que os salários dos 280 colaboradores da empresa de vestuário estão “garantidos” enquanto o processo de venda decorrer — algo que terá deixado os trabalhadores “tranquilos” e com “esperança” em relação ao futuro da empresa.
O sindicato também tem esperança que o processo de venda seja “resolvido o mais rápido possível” de forma a “viabilizar o futuro dos 280 trabalhadores”.
Da parte do Governo, há intenção de encontrar soluções para garantir o pagamento dos salários dos colaboradores durante os próximos meses, mas também acelerar o processo de venda da empresa. Para a autarquia albicastrense a prioridade é “a manutenção dos postos de trabalho“.
Para 26 de outubro está marcada a assembleia de credores, depois de o anúncio da sentença de declaração de insolvência ter sido publicada a 3 de agosto — data a partir da qual os credores têm 30 dias para reclamar os créditos.
Nos dois primeiros meses do ano, a empresa liderada Ana Paula Rafael faturou pouco mais de 700 mil euros, quando no período homólogo do ano passado o volume de negócios se cifrava nos cinco milhões de euros.
De forma a contornar a crise que se assolou, a empresa reconverteu parte da sua produção para a confeção de máscaras e pijamas, pediu ajuda ao Governo — foram injetados oito milhões de euros, que não poderão ser recuperados — e à autarquia local, mas acabaria mesmo por entrar em falência e fechar as portas após 56 anos de existência.
Segundo Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, as “dificuldades da Dielmar já eram evidentes” com o Estado a monitorizar a situação há muito tempo. O governante apontou mesmo os dez anos de resultados negativos que a empresa registou.
Bom dia
A dielmar e uma empresa em Alcains.
Sendo Alcains uma vila a 9kms de Castelo Branco que por sua vez e capital da beira baixa.