Ficou para trás o episódio caricato do último domingo. Annemiek van Vleuten é a nova campeã olímpica de ciclismo, contrarrelógio.
Annemiek van Vleuten iria ficar ligada a um dos momentos mais insólitos, ou mesmo o mais insólito, dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mas agora também fica associada ao mais desejado: uma medalha de ouro.
No domingo passado, na prova feminina de estrada, a ciclista dos Países Baixos chegou à meta no segundo lugar. Mas atravessou a linha a pensar que tinha vencido. E festejou, com os braços no ar.
Não há comunicações por rádio nos Jogos Olímpicos e van Vleuten pensou que já tinha ultrapassado as cinco fugitivas – mas, mais de um minuto antes, a austríaca Anna Kiesenhofer tinha vencido a prova. “Senti-me muito estúpida, ao início”, admitiu.
Foi uma desilusão para van Vleuten mas também para a seleção dos Países Baixos, que chegou à prova de estrada com duas antigas campeãs olímpicas e com quatro grandes favoritas ao primeiro lugar, mas “só” conseguiu uma medalha de prata.
Duas desilusões que foram “suavizadas” nesta quarta-feira, na prova de contrarrelógio: an Vleuten foi a (verdadeira) vencedora e a sua compatriota Anna van der Breggen ficou com a medalha de bronze. Pelo meio ficou a segunda classificada, a suíça Marlen Reusser.
Van Vleuten cumpriu os 22.1 quilómetros em 30m13s, menos 56 segundos do que Marlen Reusser e menos 1m01s do que Anna van der Breggen.
Assim, ficam para trás a prata e a anedota da prova de domingo e ainda a queda em 2016: nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, Annemiek van Vleuten era a líder (prova de estrada) quando, a 11 quilómetros do final, caiu. Falhou uma travagem, numa curva, e seguiu para o hospital. A vencedora foi Anna van der Breggen, medalha de bronze desta vez.
Annemiek van Vleuten tem 38 anos. Vai continuar a pedalar pela Movistar, pelo menos durante mais um ano.