Sara Sampaio e Eduardo Barroco de Melo fizeram publicações no Twitter, durante o período de reflexão para as últimas presidenciais, que serão agora investigadas pelo Ministério Público (MP).
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito para investigar duas publicações feitas nas redes sociais: uma de Sara Sampaio contra André Ventura e outra do deputado do PS Eduardo Barroco de Melo que acusa Tiago Mayan Gonçalves de negócios familiares.
O jornal i avança que em causa está o facto de as publicações terem sido partilhadas no dia anterior às eleições presidenciais, o chamado dia de reflexão em que não é permitido fazer campanha.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) entende que ambos fizeram “propaganda depois de encerrada a campanha eleitoral”, tendo havido indícios de “prática ilícita” em relação à Lei Eleitoral do Presidente da República.
Sara Sampaio publicou uma fotografia do boletim de voto onde tapava propositadamente com uma caneta o nome do candidato André Ventura. Apesar de admitir que a interpretação pode ser “controversa”, a CNE conclui que existe uma “clara intenção em influenciar sentido de voto”.
https://twitter.com/SaraSampaio/status/1353352687715315712
Já no caso de Eduardo Barroco de Melo, o deputado socialista escreveu um tweet no qual alegava que o candidato Tiago Mayan Gonçalves trabalhava na empresa da mãe.
Para a CNE, a publicação do deputado “visava atingir diretamente um candidato” presidencial. O “dever de respeito pelo período de reflexão implica a abstenção da prática de atos de propaganda por qualquer meio” e isso “inclui qualquer ato, mesmo que não destinado à eleição a realizar”, justifica o organismo.
A modelo Sara Sampaio e o deputado Eduardo Barroco de Melo arriscam uma pena de prisão até seis meses e o pagamento de uma multa.