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Sem máscaras ou distanciamento. Começa uma nova era no Reino Unido (e o pior pode estar para vir)

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A partir desta segunda-feira o uso de máscara e outras medidas de distanciamento social deixam de ser obrigatórias em Inglaterra, apesar de o país estar a atravessar uma nova vaga de infeções provocada pela variante Delta.

O dia de hoje, já apelidado como o “Dia da Liberdade”, fica marcado pelo facto de os ingleses só usarem máscara se quiserem, seja em lojas ou transportes públicos.

Terminam também as regras de distanciamento social bem como os limites de pessoas em espaços abertos ou fechados.

Desta forma, o governo britânico aposta na responsabilidade pessoal de cada um, em vez de obrigações legais.

Na prática, ninguém é obrigado a usar máscara, mas o governo pede que a população continue a fazê-lo sempre que considerar necessário.

O ministro da Saúde, Sajid Javid, admite que durante o verão pode haver mais de 100 mil ou até 200 mil casos por dia – o que será muito mais alto do que no pico da crise de covid-19 de janeiro.

Perante as circunstâncias, o Governo britânico tem sido duramente criticado por vários especialistas que consideram que a diminuição das restrições pode colocar o país num colapso pandémico.

No entanto, Boris Johnson defende que não existe uma altura ótima para deixar cair as medidas de saúde pública.

“Vão aumentar as mortes e as hospitalizações seja qual for o momento em que o país se abrir. Vai haver uma nova vaga na saída, simplesmente temos de reconhecer isso”, disse o chefe do executivo, citado pelo Público.

“Se esperássemos até setembro, existiriam outros riscos, por causa da meteorologia e o fim das férias escolares”, afirmou ainda, ao confirmar o fim das restrições a 19 de julho.

O grupo SAGE Independente – em referência ao comité SAGE, que aconselha o Governo – tem-se desdobrado em ações de divulgação na Internet, em revistas especializadas, nos media, para contrariar este discurso de “se não agora, quando?” do Governo britânico.

“Disseram-nos que é inevitável termos milhares de casos e mortes, mas isso não faz sentido. Se fosse quatro semanas mais tarde, vacinaríamos muito mais pessoas”, defendeu Deepti Gurasani, epidemiologista da Universidade Queen Mary em Londres, numa das conferências de imprensa online organizada pelo grupo de cientistas que publicou uma carta na revista médica The Lancet na semana passada.

Atualmente, 87,5% dos britânicos tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19, e 67,1% tomou as duas.

Discotecas reabriram na madrugada passada

Em Inglaterra, a partir da meia-noite desta segunda-feira voltou a ser possível dançar numa discoteca. As imagens da madrugada mostram um cenário pré-pandémico: grupos de dezenas e centenas de pessoas a dançar juntas em espaços fechados, sem máscara e sem distanciamento, descreve o Sky News.

https://twitter.com/luxmy_g/status/1416890463244726276

Por outro lado, os “eventos de massas”, como os festivais, também podem voltar a realizar-se e deixam de existir limites ao número de pessoas em casamentos ou funerais. Também as festas em casa, até aqui proibidas, podem voltar a acontecer.

Os pubs, que já estavam abertos, podem funcionar já sem a imposição do serviço de mesa. Os clientes deixam de ter de estar sentados a consumir e podem voltar a movimentar-se pelo espaço interior, podendo ser servidos no balcão.

Já o “teletrabalho sempre que possível” fica sem efeito, tal como a regra de “mais de um metro” de distanciamento físico entre pessoas.

O limite para o número de visitas em lares também deixa de existir e os britânicos que viajaram até os países da “lista âmbar”, considerados de algum risco deixam de ter de cumprir dez dias de isolamento no regresso.

As novas regras que aliviam as medidas de contenção para travar a pandemia entraram em vigor às 0h desta segunda-feira em Inglaterra.

As atualizações feitas pelo Governo britânico não são, no entanto, as mesmas noutros países do Reino Unido: na Escócia e no País de Gales a utilização de máscara continua a ser obrigatória e na Irlanda do Norte também, embora este último país ainda não se tenha posicionado quanto a esta possível alteração de medidas.

Ana Isabel Moura, ZAP //

16 Comments

  1. Sim é verdade, o pior está para vir, ou melhor, tem vindo devagarinho, chama-se depressão agressiva da economia…

    Quanto ao vírus, andará por cá, como muitos outros, alguns seu primos até :/

  2. Vai ser lindo, vai.. E não podemos dizer que eles estão lá longe e não nos afeta. O turismo para um lado e para o outro traz tudo de bom… e de mau.

    Um pormenor para quem escreveu o artigo, infelizmente um erro demasiado frequente:
    “…a partir da meia-noite desta segunda-feira voltou a ser possível…”

    A meia-noite desta segunda é logo à noite às 24 horas, um minuto depois das 23:59. Se “voltou a ser possível”, então é passado. Não querem dizer “…a partir das 0 horas desta segunda-feira voltou a ser possível…”, aliás como está mais à frente?

  3. Para alguns um saco de moedas a ganhar, no problem o próprio povo a enterrar.
    Deixar livremente os bifes a entrar, sem cuidado e com licença para infectar.
    Pois quando ao país de origem voltar, as suas variantes em Portugal vão deixar.
    Depois d’ eles à chuva regressar, suas férias aqui ainda não vão acabar

  4. Voltar a ter liberdade e continuar com as suas vidas e consideram isso mau e que “o pior pode estar para vir”? Tudo por causa de vírus que (se fizerem um pouco de pesquisa ficam a saber que não é mortífero como querem que pensem) foi utilizado para instalar o medo e pânico nas populações. E obrigar-lhes a fazer o que os governos querem.
    Em Portugal, tal como em muitos outros países da Europa (e nem só), grande maioria dos casos são pessoas que estão já vacinada. E mesmo não tendo absolutamente nenhum sintoma são obrigados aos testes.
    Convinha que as pessoas pensassem nas consequências de parar a economia nacional. E pior ainda, a economia global. Porque ainda ninguém reclamou.
    Quando começaram a ver os preços a aumentar dia para dia (o que já está a acontecer). E as pessoas a passarem faltar de bens essenciais e a passarem fome. Já vai ser tarde demais.
    Mas querem é que fronteiras fechadas e que todos fiquem em casa fechados em confinamentos?
    Querem ficar em casa fechados? Pois fiquem! Está no seu direito. Agora deixe quem quer e NECESSITA de trabalhar e seguir a sua próprias vida. Porque também estão no seu direito!
    Aconselho-vos, e já querem ficar em casa, a aproveitar o vosso “tempo livre” para ler a Constituição Portuguesa.
    Já agora. Aqui estão três dos artigos que todos os portugueses já deviam saber e são essenciais neste ataque constante à nossa liberdade.

    Artigo 19.º
    (Suspensão do exercício de direitos)
    1. Os órgãos de soberania não podem, conjunta ou separadamente, suspender o exercício dos
    direitos, liberdades e garantias, salvo em caso de estado de sítio ou de estado de emergência,
    declarados na forma prevista na Constituição.
    2. O estado de sítio ou o estado de emergência só podem ser declarados, no todo ou em parte
    do território nacional, nos casos de agressão efectiva ou iminente por forças estrangeiras, de
    grave ameaça ou perturbação da ordem constitucional democrática ou de calamidade pública.

    Artigo 21.º
    (Direito de resistência)
    Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e
    garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à
    autoridade pública.

    Artigo 44.º
    (Direito de deslocação e de emigração)
    1. A todos os cidadãos é garantido o direito de se deslocarem e fixarem livremente em
    qualquer parte do território nacional.
    2. A todos é garantido o direito de emigrar ou de sair do território nacional e o direito de
    regressar.

    • “Tudo por causa de vírus que … foi utilizado para instalar o medo e pânico nas populações.”
      Enfim, mais um que vacilou cedo na escola.

  5. Abordagem à inglesa, diferente para não variar. Um coisa é certa, vacinou se a manada para quê? Se for para ficarmos na mesma reféns do vírus então não vale tanto a pena como dizem.
    O Boris paga para ver e eu vou torcer para que dê certo…

  6. esta malta fala de boca cheia porque estamos a falar do Covid… la terei de levar com o ‘chip’ para poder entrar no supermercado, se o indivíduo da frente estiver com febre estou entalado na mm… haja paciência!!!!!!!!!

  7. Liberdade! Irão saborear em breve o gosto da mesma! Quando tudo ainda está ainda em dúvida logo a começar pela eficácia das próprias vacinas, parece-me prematuro entrar em tanta confiança, apesar de todos os transtornos que a situação nos causa este poderá ser mais um passo de marcha atrás.

  8. É verdade que andam aí os primos deste vírus, mas também é verdade, que todos os anos milhões de pessoas são vacinadas para esses primos, também é verdade que quem se expõe mais sem cuidados é infetado, e este vírus, não deixa de ser um vírus, e nós somos os hospedeiros, então o que sempre se fez ao hospedeiro de uma doença contagiosa? não é por acuso isolar até estar curado para não contaminar e assim o vírus morrer?o pior é que muitas pessoas não gostam de obedecer, e argumentam tudo, até se metem com a constituição, mas depois também não percebem o que está escrito na constituição, se toda a gente fizer a sua parte, e não argumentar tanto, estaria-mos melhor.

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