Espectadora foi detida esta quarta-feira pela polícia francesa e quando confrontada com os seus atos, que classificou como idiotice, mostrou-se “assustada e envergonhada”. Organização do Tour reitera apelos para que as normas de segurança sejam cumpridas pelo público.
A organização da Volta a França retirou a queixa que havia apresentado contra a espectadora que causou uma queda coletiva do pelotão na primeira etapa da competição. A decisão surge por os promotores entenderem que o assunto estava a atingir contornos “desproporcionais”.
“Nós gostaríamos de relembrar toda a gente das regras de segurança da corrida”, referiu Christian Prudhomme, diretor da prova, à Reuters.
“Se vierem ao Tour segurem o vosso filho ou o vosso animal e não atravessem a estrada de forma descuidada. Acima de tudo, respeitem os ciclistas, porque eles são merecedores da cobertura televisiva em direto”, acrescentou.
O acidente que motivou a polémica aconteceu quando uma mulher, que se encontrava na berma da estrada, ostentou negligentemente um cartaz, de forma a garantir que este era filmado pelas câmaras de televisão, acabando por atingir um dos ciclistas e dando origem a um choque (e queda) em cadeia de quase 50 atletas.
Face aos danos provocados pelo ato, tanto as equipas em competição como a organização manifestaram a intenção de agir judicialmente contra a espectadora. A busca pelo paradeiro da mulher terminaram na quarta-feira depois da mulher ter sido detida após se apresentar voluntariamente numa esquadra de Brittany.
A mulher foi acusada de causar “lesões involuntárias provocadas por comportamento inseguro ou imprudente” e arrisca-se a uma pena de um a dois anos de cadeia consoante a gravidade das lesões.
Segundo revelou a procuradora Camille Miansoni em conferência de imprensa, a mulher não possui qualquer registo criminal e estava “assustada e envergonhada” pelo episódio, que categorizou como uma “idiotice”.
A polícia local já emitiu um apelo para que a mulher não seja “linchada nas redes sociais”.
Apesar de a organização do Tour ter optado por retirar as queixas contra a espectadora, a procuradora Camille Miansoni fez questão de lembrar que a investigação ainda se encontra a reunir provas e que as queixas apresentadas pelas equipas “mantêm-se”.