O governo da Hungria está a emitir cartões que garantem que determinada pessoa, na teoria, é imune ao coronavírus. Mas nem tudo corre bem.
A vida nas ruas da Hungria é diferente do que se vive em Portugal (e na maioria dos países europeus). Por causa do Europeu 2020 de futebol, que também passa por Budapeste, temos visto mais frequentemente a liberdade com que se circula na Hungria, onde a máscara deixou de ser um utensílio visto.
As medidas são diferentes, as restrições oficiais são menos e recentemente o governo decidiu também emitir um certificado de imunidade, entregue a todas as pessoas que já tenham recebido pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus e às que já recuperaram da Covid-19. Quem possuir um certificado, pode entrar em restaurantes, bares, ginásios, bibliotecas, piscinas…
O processo de emissão dos certificados não tem corrido muito bem porque já surgiram várias queixas dos cidadãos.
E esse documento não ajudou uma mulher que mora na zona residencial de Zugló, na capital Budapeste.
Irén Kiss Béláné contou à televisão ATV Híradó que, quando recebeu o seu certificado, reparou que o número de identificação indicado no documento não é válido, já expirou. Avisou o governo local e, por isso, foi à Câmara Municipal de Budapeste, onde apresentou uma reclamação por escrito, explicando a confusão.
Duas semanas depois, recebeu um novo certificado de imunidade, que tinha o mesmo problema. Mais tarde apareceu em casa o terceiro certificado – novamente com o número errado. Na semana passada, Irén recebeu o quarto certificado de imunidade, igualmente inválido.
Ou seja, esta reformada de Zugló já recebeu quatro certificados de imunidade mas não pode utilizar nenhum.
Irén protestou ainda por outro motivo: foi informada que, para trocar de certificado, teria de pagar. Cerca de 8,5 euros por cada troca.