Um antigo McDonald’s foi reconvertido num banco alimentar que dá comida a milhares de família carenciadas em Marselha, França.
Fati Bouarua, de ascendência argelina, cresceu nos bairros mais negligenciados de Marselha, em França. Agora, ajudou a transformar um antigo restaurante McDonald’s, em Sainte-Marthe, num banco alimentar que oferece comida a 2 mil famílias por semana.
“Quando veio o primeiro confinamento, as pessoas estavam mais preocupadas em morrer de fome do que com a covid-19 por aqui”, disse Fati à Vice. “Fecharam tudo, até instituições de caridade e assistência social. As pessoas foram deixadas ao abandono. Com ou sem documentos — eles não tinham nada”.
Em Marselha, muitos imigrantes e refugiados são forçados a viver em condições precárias e na comuna de Sainte-Marthe, quando o McDonald’s fechou, só o supermercado local estava a oferecer emprego às pessoas.
O McDonald’s foi aberto lá em 1992 e não apenas oferecia emprego a 77 pessoas, como dava aos habitantes locais a dignidade de ter um lugar para comer fora. Em 2018, o restaurante fechou por falta de financiamento do Governo.
Inconformado, o então gerente do restaurante, Kamel Guemari, encharcou-se em gasolina e ameaçou emular-se a menos que o encerramento do McDonald’s fosse interrompido e todos os 77 funcionários tivessem o seu sustento garantido. De pouco adiantou e o restaurante manteve-se fechado.
Graças a uma forte campanha nas redes sociais, Guemari começou a angariar fundos, remodelou o restaurante e deu-lhe um novo nome: L’Après M.
Numa enorme onda de apoio, agricultores doaram frutas e vegetais; as lojas ofereciam comida e os habitantes locais doavam fundos para apoiar este movimento crescente. Nas primeiras cinco semanas após a inauguração, mais de 100.000 pessoas receberam uma refeição.
Agora, criaram uma empresa chamada Le Part Du Peuple, em que todos os que doam, ficam com uma parte da empresa, ninguém é o dono. É uma empresa administrada como uma organização sem fins lucrativos.
“O que queremos fazer é criar aqui um fast-social-food, um restaurante onde te entreguem o menu e os preços sejam determinados a partir do que ganhas. Se fores um migrante sem documentos, podes vir e comer duas vezes por semana gratuitamente. Os que ganham o salário mínimo pagam apenas 3 euros por pessoa, e assim por diante”, explicou Fati.
“Vamos reempregar 37 funcionários, e os demais serão 40 voluntários que oferecem meio dia por mês do seu tempo para manter tudo a funcionar. É um modelo não apenas para ajudar os mais pobres a sobreviver, mas para lutar contra a vitimização causada pelo capitalismo”, acrescentou.
‘Em 2018, o restaurante fechou por falta de financiamento do Governo.”
Na França os Mcdonalds são financiados pelo governo??!
“encharcou-se em gasolina e ameaçou emular-se a menos que o encerramento do McDonald’s fosse interrompido.” Penso que nesta frase o sentido será, ser queimado pelo fogo e sendo assim a palavra correta será imolar-se. Emular é outra coisa.
A culpa de facto é do governo, mas por deixar e pactuar com a entrada diariamente de milhares de migrantes ilegais. Depois aumentam os impostos à classe média para sustentarem esta gente. Os subúrbio das grandes cidades francesas estão um barril de pólvora, para além do crescente domínio muçulmano. Paris é agora triste e assustador de visitar. França já não é França. França está irremediavelmente perdida.
Por cá deviam fazer o mesmo com os balcões do BES em vez de termos de andar a pagar a “fatura” que os aldrabões e do seu ladrão mor deixaram por pagar e ainda se riem e faltam ás audiências evocando que são dementes e muito doentes.
Ora nem mais!