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O Rei Carlos III da Grã-Bretanha.
Rei Carlos apanhado no fogo cruzado do escândalo de espionagem chinesa: teria conhecimento das atividades do seu irmão em fundo de investimento.
O Rei Carlos III foi arrastado para o escândalo de espionagem que envolve o seu irmão, Príncipe André. O testemunho revelado durante um tribunal de imigração do Reino Unido esclareceu a extensão da ligação do Príncipe André a Yang Tengbo, cidadão chinês de 50 anos acusado de espionagem.
De acordo com as declarações de Dominic Hampshire, antigo conselheiro sénior do Príncipe, o alegado espião chinês teve mão nos assuntos do Duque de York, no papel de intermediário de confiança em negócios relacionados com a China.
Yang, que foi banido do Reino Unido em 2023, ter-se-á tornado tão influente na vida de André que foi descrito como a “única luz ao fundo do túnel” do príncipe, numa altura em que o Príncipe já dava problemas ao Palácio de Buckingham pelas suas ligações ao criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, que morreu na prisão.
Os documentos do tribunal citados pela BBC indicam que Yang esteve estreitamente envolvido no aconselhamento ao Príncipe André sobre o Fundo Eurasia, uma iniciativa empresarial destinada a atrair o investimento chinês. As operações do fundo incluíam, alegadamente, um “canal de comunicação” direto com o Presidente chinês Xi Jinping, marcado pelo envio de felicitações de aniversário todos os anos.
O testemunho de Hampshire sugere que o Rei Carlos tinha conhecimento das atividades do seu irmão. Afirmou ter participado em duas reuniões em que participaram o Rei Carlos e o Príncipe André para discutir a futura direção do Duque, incluindo assuntos relacionados com o Fundo Eurasia e pelo menos um investidor associado.
O Palácio de Buckingham reconheceu que as reuniões se realizaram, mas negou firmemente que Yang tivesse sido mencionada ou envolvida em quaisquer discussões.
“Embora Sua Majestade se tenha reunido com o Duque e o seu conselheiro para ouvir propostas de financiamento independente durante o ano passado, o indivíduo [Yang] não foi mencionado em momento algum ou de qualquer forma como parte dessas discussões”, declarou o Palácio na sexta-feira.
