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Vacina da Janssen passa a ser dada a todos os homens com mais de 18 anos

Kamil Krzaczynski / AFP

A vacina da Janssen, que estava a ser administrada apenas a maiores de 50 anos independentemente do género, vai passar a ser administrada a todas as faixas etárias, a partir dos 18 anos, do sexo masculino.

A revelação foi feita pela Direção-Geral de Saúde (DGS) após uma atualização à norma.

Relativamente ao sexo feminino, a recomendação continua a ser que seja administrada apenas a mulheres com idade igual ou superior a 50 anos.

Na atualização à norma 004/2021, relativa à administração da Janssen, a DGS recomenda que esta vacina seja “utilizada em pessoas do sexo masculino com idade igual ou superior a 18 anos”, até que “novos dados” sejam conhecidos. Já no que toca ao sexo feminino, a entidade liderada por Graça Freitas continua a recomendar que a vacina do grupo Johnson & Jonhson seja aplicada apenas em mulher com idade igual ou superior a 50 anos.

Por outro lado, as autoridades de saúde sublinham ainda que as mulheres com menos de 50 anos “que assim o desejem” podem ser vacinadas com esta a vacina de dose única, desde que “devidamente informadas, numa base de ponderação dos benefícios e dos riscos”, e que expressem o seu “consentimento livre e esclarecido”, assinala a DGS.

As autoridades de saúde justificam a decisão com base em novos estudos realizados nos EUA, que “indicam um risco particularmente reduzido” de fenómenos trombóticos após a toma da vacina em pessoas do sexo masculino, mesmo com idade inferior a 50 anos.

Esta possibilidade já tinha sido avançada pelo coordenador da task force para o plano da vacinação contra a covid-19, Henrique Gouveia e Melo, no Congresso da Ordem dos Médicos, na passada quarta-feira, mas só agora as autoridades de saúde oficializaram a decisão de levantar a restrição etária para o sexo masculino.

A medida da Direção-Geral de Saúde deverá significar um melhor aproveitamento de recursos e, como destacou Gouveia e Melo “trazer ao plano muito mais vacinas, o que vai fazer com que o ritmo de vacinação não só se mantenha como possa ser acelerado”.

Ana Isabel Moura, ZAP //

 

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