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Líder do CDS quer “direita forte” e critica “obsessão pelo centro”

Tiago Petinga / Lusa

O líder do CDS/PP, Francisco Rodrigues dos Santos

O presidente do CDS-PP defendeu, esta terça-feira, que é necessária uma “direita forte” para enfrentar a esquerda e rejeitou uma “obsessão pelo centro”, considerando que “ser apenas do centro é querer ser tudo e o seu contrário”.

“Para combater a esquerda em Portugal precisamos de uma direita forte, não precisamos de uma obsessão pelo centro, que desvirtua a direita”, afirmou o líder centrista no encerramento do primeiro dia da convenção do Movimento Europa e Liberdade (MEL), que decorre em Lisboa.

Na sua opinião, “o centrismo é uma ideologia de fachada e que faz fretes ao PS” e “querer ser apenas do centro é querer ser tudo e o seu contrário, tudo ao mesmo tempo e, no final de contas não é ser coisa rigorosamente nenhuma. É ser tudo e é não ser nada”, criticou Francisco Rodrigues dos Santos.

O líder centrista defendeu também que “quem se afirma do centro acaba por não ter armas para combater a esquerda” e “permite a essa mesma esquerda perpetuar-se no poder”.

Considerando que “esta convenção do MEL representa um fórum de discussão de ideias e de afirmação da direita”, o presidente do CDS-PP apelou ao diálogo.

“Saibamos continuar a conversar entre nós, a combater as limitações que muitos nos querem impor, a examinar as dificuldades e as preocupações dos portugueses”, desafiou.

Antes desta intervenção, o líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, já tinha lançado críticas a Rui Rio por se aliar ao PS em questões como o fim dos debates quinzenais e por fazer aquilo que chamou o “discurso do PCP”, ao defender a nacionalização do Novo Banco.

A convenção do Movimento Europa e Liberdade arrancou esta terça-feira e é a primeira vez que junta os líderes do PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega. Amanhã, no segundo e último dia dos trabalhos, será a vez de intervirem Rui Rio e André Ventura.

Uma das pessoas presentes na plateia que mais deu nas vistas foi o ex-primeiro-ministro e antigo líder social-democrata, Pedro Passos Coelho. Em declarações aos jornalistas, o político disse que assiste “com muito interesse a esta convenção”, tal como fez nas duas anteriores, e ainda que terá “muito gosto” em ouvir Rui Rio.

ZAP // Lusa

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