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Incidentes “altamente condenáveis”. MP abre inquérito a agressão ao repórter de imagem da TVI

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O Ministério Público vai abrir um inquérito à agressão a um repórter de imagem da estação televisiva TVI, ocorrida após o jogo entre o Moreirense e o FC Porto (1-1), para a I Liga de futebol, confirmou à Lusa fonte oficial da PGR.

Na segunda-feira, após o encontro da 29.ª jornada do campeonato, que terminou empatado 1-1, um jornalista foi agredido nas imediações do estádio do Moreirense, em Moreira de Cónegos, de acordo com imagens transmitidas pelo próprio canal de televisão.

Esta terça-feira, além da TVI, várias entidades, como a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), o Sindicato dos Jornalistas (SJ), a Associação dos Jornalistas de Desporto (CNID), a Associação Nacional de Agentes de Futebol (ANAF) e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), juntamente com os clubes Sporting e Benfica, repudiaram a agressão.

Incidentes “altamente condenáveis”

Tiago Brandão Rodrigues disse também esta terça-feira que a agressão merece a mais “veemente condenação”.

“O que aconteceu é altamente condenável, absolutamente reprovável e tem a nossa veemente condenação. Toda a violência o tem, seja ela física, verbal ou de outra natureza. Obviamente que a um jornalista toma outra figura: é um crime público, que deve ser punido em termos disciplinares e contraordenacionais, e, no plano da justiça, terá de haver uma atuação inequívoca para que nunca mais volte a acontecer algo desta natureza”, disse o ministro da Educação.

Frisando que não estava a fazer um “julgamento antecipado”, Tiago Brandão Rodrigues disse que este caso tem de ser alvo de uma atuação exemplar.

“É preciso entender quem era esta pessoa, porque é que ali estava e ser absolutamente taxativo nas consequências que têm de existir. A justiça terá de atuar inequivocamente e é isso que todos esperamos”, sublinhou o titular da pasta da Educação.

O ministro, que falava à margem da apresentação da K1 Premier League, competição de karaté que nos próximos dias terá lugar em Lisboa, lembrou os valores desta modalidade como contraponto aos incidentes de segunda-feira e responsabilizou também os protagonistas do futebol pelo clima de crispação na modalidade.

“Os protagonistas e os atores principais do desporto têm muitas vezes um comportamento cuja imitação sabemos bem ao que pode levar. Sou um amante do futebol e quero crer que o futebol entende a importância que tem. Num momento em que queremos, desejamos e ansiamos ter público nas bancadas, embora saibamos que é difícil que isso aconteça esta época, sabemos bem que momentos como aquele tornam tudo muito mais difícil, porque quem está na bancada acaba por replicar o que acontece nas quatro linhas“, lembrou Tiago Brandão Rodrigues, sublinhando que o regresso dos adeptos aos estádios requer “tranquilidade, serenidade e segurança, dentro do campo e nas suas imediações”.

Após o encontro da 29.ª jornada da I Liga, que terminou empatado 1-1, o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, dirigiu-se ao árbitro Hugo Miguel e acabou por ser expulso.

Mais tarde, um jornalista da TVI foi agredido nas imediações do estádio do Moreirense, de acordo com imagens transmitidas pelo próprio canal de televisão.

De acordo com o Correio da Manhã, Pedro Pinho, o agressor do jornalista Francisco Ferreira, faturou 16 milhões de euros, em cinco anos, em negócios feitos com o FC Porto.

No período entre 2016 e 2021 foram realizadas transferências através das empresas PESARP, PP SPORTS e N1. O valor total foi de 16.278.572 €.

Estão em causa comissões com as contratações de Éder Militão, Ricardo Pereira, Herrera, Felipe, Fábio Silva, Pepê, Felipe Anderson, Sérgio Oliveira (renovação ), Zé Luís e Uribe.

A proximidade de Pedro Pinho ao FC Porto não é nova. A ligação começou com uma empresa onde Pedro Pinho foi sócio de Alexandre Pinto da Costa, mas a mesma foi desfeita depois de o Football Leaks ter denunciado alegadas comissões irregulares. Alexandre afastou-se do pai e Pedro Pinho ganhou mais espaço no clube.

O empresário, que agora arrisca perder a licença desportiva, cresceu também dentro da estrutura azul e branca após a saída de Antero Henrique. É conhecida a sua proximidade aos Super Dragões, escreve ainda o diário.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. O futebol é um esgoto. Não há nada de desportivo no futebol, é apenas um circo. E a culpa têm todos os que preferem ver a bola e beber umas cervejas em vez de se educar e trabalhar para melhorar a sociedade começando por melhorar a si próprios como pessoas.

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