A Ordem dos Médicos defende que a vacinação de pessoas que pertencem a grupos prioritários e tiveram covid-19 há mais de seis meses deve avançar o quanto antes e não apenas no final de maio, como está estipulado pela DGS.
Numa conferência de imprensa sobre o plano de vacinação esta quarta-feira, a diretora-geral da Saúde, foi questionada sobre esta posição da Ordem e frisou que os recuperados da doença “nunca estiveram esquecidos”, explicando que a medida se tratou de uma opção de, perante escassez da vacinas, vacinar primeiro quem nunca tinha tido exposição ao vírus.
Graça Freitas explicou que com mais vacinas nesta etapa, até ao final de maio o Governo mantém a expectativa de que todos os maiores de 60 anos tenham feito pelo menos a primeira dose da vacina, mas isto não vai incluir ainda quem já teve covid-19.
A responsável informou que concluído esse processo, deverão começar a ser chamadas pessoas que tenham tido covid-19 há mais de seis meses, que irão receber apenas uma dose.
Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, alerta que há profissionais de saúde que trabalham em serviços de urgência de hospitais públicos que não foram vacinados mesmo tendo tido covid-19 nos primeiros meses da pandemia, e frisa que a vacinação destes “é uma questão de bom senso. Um mês em pandemia é muito tempo e pode ter consequências”, disse ao jornal i.
A Ordem já tinha alertado no fim de março que, na Europa, apenas Portugal e a Islândia não estavam a vacinar recuperados.
Esta semana houve um novo aviso, desta vez uma posição conjunta da Ordem, da Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato Independente dos Médicos, contestando o facto de a norma da DGS indicar que na atual fase da vacinação não deveria ser dada prioridade a quem teve covid-19, não diferenciando quem se contagiou na primeira vaga ou mais recentemente.
Nas últimas semanas, a ordem já tinha defendido que a evidência aponta que pessoas com maior risco de exposição e doença grave que tenham tido covid-19 há mais de 90 dias devem fazer a vacina.
Miguel Guimarães não contesta o critério de seis meses agora anunciado pela DGS, mas considera que não faz sentido que não se comece a aplicá-lo de imediato nos grupos prioritários, o que implicaria começar agora a chamar pessoas que tenham tido covid-19 até outubro.
Na quarta-feira, Marta Temido, ministra da saúde, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, e Gouveia e Melo, coordenador da task force de Vacinação, revelaram mudanças nos critérios de prioridade de vacinação.
Numa altura em que há maior disponibilidade de vacinas, na segunda fase serão incluídos, nos grupos prioritários, as pessoas com cancro ativo (a fazer quimioterapia ou radioterapia), pessoas com situação de transplantação, pessoas com VIH, doenças neurológicas, doença mental (esquizofrenia), obesidade (acima dos 35% de massa corporal) e diabetes tipo II.
Coronavírus / Covid-19
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Claro! A maioria foi imprudente e, agora, é premiada! Boa! Já não basta aqueles que passaram á frente. Agora “estes” também vão… Mas alto lá! Eu não sou contra que s que já foram infetados não sejam vacinados! Só que deveriam ser vacinados no fim de toda a população – Fim da fila.
Mas em que mundo é que uma vacina é melhor que os anticorpos produzidos pelo próprio vírus vivo? Estão vacinados pela Natureza!…
O que eles não fazem só para justificar os milhões gastos em vacinas. As farmacêuticas é que se enchem de dinheiro e, ainda por cima, livram-se de qualquer responsabilidade.